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Os Nefilim - Povo dos Foguetes Faiscantes 17 страница



O grupo completo de demônios que marchara ao lado dela.

Ele lançou-lhe grilhões, ligou suas mãos...

Estreitamente rodeados, eles não podiam escapar.

 

Depois de terminada a batalha, Marduk levou de Kingu a Barra dos Destinos (a órbita independente de Kingu) e prendeu-a a seu próprio peito (o de Marduk): sua trajetória foi inclinada para uma permanente órbita solar. A partir desse tempo, Marduk passou a ser obrigado a regressar sempre à cena da batalha celeste.

Tendo "conquistado" Tiamat, Marduk flutuou nos céus, fora no espaço, à volta do Sol, e voltou a traçar sua passagem pelos planetas exteriores: Ea/Netuno, "cujo desejo Marduk alcançou", Anshar/Saturno, "cujo triunfo Marduk estabeleceu". Depois, seu novo caminho orbital fez Marduk regressar à cena de seu triunfo, "para fortalecer seu poder sobre os deuses conquistados ", Tiamat e Kingu.

Quando a cortina se prepara para erguer para o ato V, aqui - e apenas aqui, embora até hoje não se tenha entendido isto -, o conto bíblico do Gênesis encontra a Epopéia da Criação da Mesopotâmia. É apenas neste ponto que a narrativa da Criação dos Céus e da Terra realmente começa.

Completando sua primeira e eterna órbita à volta do Sol, Marduk "regressou então a Tiamat, a quem ele subjugara".

 

O Senhor fez uma pausa para apreciar seu corpo sem vida.

Então engenhosamente planejou dividir o monstro.

Depois, ele separou-a em duas partes, como um mexilhão.

 

O próprio Marduk agride agora o planeta derrotado, separando Tiamat em dois, arrancando seu "crânio" ou parte superior. Depois, outro satélite de Marduk, o chamado Vento Norte, colidiu de encontro a uma das metades separadas. O pesado sopro transportou esta parte, destinada a tornar-se a Terra, até uma órbita em que nenhum planeta orbitara antes:

 

O Senhor calcou a parte traseira de Tiamat;

Com sua arma, cortou a fundo o crânio ligado;

Arrancou os canais de seu sangue;

E fez com que o Vento Norte a levasse

Até locais desconhecidos.

 

A Terra fora criada!

A parte inferior teve outro destino: na segunda órbita, o próprio Marduk chocou-se com ela reduzindo-a a pedaços:

 

 

A [outra] metade dela ele colocou como um anteparo para os céus: Fechando-os juntos, como vigilantes ele os estacionou...

Inclinou a cauda de Tiamat para formar com o Grande Grupo um bracelete.

 

Tiamat foi dividida: a sua despedaçada metade é o céu. - o Cinturão de Asteróides; a outra metade, a Terra, é levada para outra órbita nova pelo satélite de Marduk “Vento Norte”. O principal satélite de Tiamat, Kingu, torna-se a Lua da Terra! Os seus outros satélites constituem agora os cometas.

 

Os pedaços desta metade quebrada foram batidos até se tornarem um "bracelete" nos céus, atuando como um anteparo entre os planetas interiores e os planetas exteriores. Eles foram estendidos num "grande grupo". Estava criado o Cinturão de Asteróides.

Astrônomos e físicos reconhecem a existência de grandes diferenças entre os planetas interiores, ou "terrestres" (Mercúrio, Vênus, Terra, com sua Lua, e Marte), e os planetas exteriores (Júpiter e para além dele), dois grupos separados pelo Cinturão de Asteróides. Encontramos agora, na epopéia suméria, uma identificação antiga destes fenômenos.

E, mais que isso, é-nos oferecida pela primeira vez uma explicação cosmogônico-científica coerente dos acontecimentos celestes que levaram ao desaparecimento do "planeta desaparecido" e à conseqüente criação do Cinturão de Asteróides (mais os cometas) e da Terra. Depois que vários de seus satélites e de seus raios elétricos dividiram Tiamat em dois, outro satélite de Marduk desviou sua metade superior para uma nova órbita, fez em pedaços a parte inferior e dispersou-os numa enorme faixa celeste.

Cada quebra-cabeça que mencionamos encontra sua resposta na Epopéia da Criação tal como nós a deciframos. Além disso, possuímos também a resposta para a questão de a Terra ter seus continentes concentrados num lado, e uma enorme e profunda cavidade (o leito do oceano Pacífico) no extremo oposto. A constante referência às "águas" de Tiamat é também esclarecedora. Ela era chamada o Monstro das Águas e é fácil perceber que a Terra, como parte de Tiamat, receba, do mesmo modo, como legado estas águas. De fato, alguns estudiosos modernos descrevem a Terra como o "Planeta Oceano", uma vez que é o único planeta conhecido de nosso sistema solar a ser abençoado com estas águas que doam a vida.

Por muito novas que possam parecer estas teorias cosmológicas, eram fato assente e aceite pelos profetas e sábios cujas palavras enchem o Antigo Testamento. O profeta Isaías relembrou "os primevos dias" quando o poder do Senhor "gravou O Altivo, fez rodar o monstro das águas, secou as águas de Tehom-Raba". Chamando ao Senhor Javé "meu primevo rei", o salmista transmite em poucos versos a cosmogonia da epopéia da criação. "Pelo teu poder tu fizeste as águas dispersar; o chefe dos monstros aquosos tu partiste." Jó relembrou como este Senhor celestial assassinou também "os assistentes do Altivo" e com uma impressionante sofisticação astronômica exaltou o Senhor que:

 

A abóbada partida ele estendeu no lugar de Tehom,

A Terra suspendeu no vazio...

Seus poderes prenderam as águas,

Sua energia fendeu

O Altivo Seu Vento mediu o Bracelete Partido;

Sua mão extinguiu o tortuoso dragão.

 

Os eruditos da Bíblia reconhecem agora que o hebraico Tehom (“abismo aquoso") deriva de Tiamat; que Tehom-Raba significa "grande Tiamat" e que a compreensão bíblica dos acontecimentos primevos se baseia nas epopéias cosmológicas sumérias. Deveria também ficar claro que o primeiro e principal destes paralelos são os versos de abertura do livro do Gênesis, descrevendo como o vento do Senhor pairou sobre as águas de Tehom e como o relâmpago do Senhor (Marduk na versão babilônica) iluminou a escuridão do espaço quando atingiu e separou Tiamat, criando a Terra e a Rakia (literalmente, o "bracelete partido"). Esta faixa celestial (traduzida aqui como "firmamento") é chamada "os céus".

O livro do Gênesis (1:8) afirma explicitamente que a este "bracelete partido" o Senhor chamou "céu" (shamaim). Os textos acádios chamam também a esta zona celestial "o bracelete partido" (rakkis) e descrevem como Marduk estendeu a parte inferior de Tiamat de extremo a extremo e a cingiu num grande círculo permanente. As fontes sumérias não deixam dúvida de que o "céu" específico, distinto do conceito geral de céus e espaço, era o cinturão de asteróides.

A nossa Terra e o cinturão de asteróides são o "céu e a terra" tanto das referências bíblicas como das mesopotâmicas, criadas quando Tiamat foi desmembrado pelo celeste Senhor.

Depois do Vento Norte de Marduk ter empurrado a Terra para sua nova localização celeste, ela obteve sua própria órbita à volta do Sol (resultando daí as nossas estações) e recebeu seu fuso axial (dando-nos o dia e a noite). Os textos mesopotâmicos sustentam que uma das tarefas de Marduk depois de ter criado a Terra foi, de fato, "atribuir [à Terra] os dias do Sol e estabelecer os limites do dia e da noite". Os conceitos bíblicos são idênticos:

 

E o Senhor disse:

Que haja luzes no céu partido,

Para dividir o dia e a noite;

E que eles sejam sinais celestiais

E para estações e para dias e para anos.

 

Os estudiosos modernos acreditam que, depois de a Terra se ter tomado planeta, ela era uma bola quente de vulcões ardentes, enchendo os céus com nevoeiros e nuvens. A medida que as temperaturas começaram a arrefecer, os vapores condensaram-se em água, separando a face da Terra em terra seca e oceanos.

A quinta barra de Enuma Elish, embora muito mutilada, comunica exatamente a mesma informação científica. Descrevendo o fluxo de lava como a "saliva" de Tiamat, a narrativa épica da criação coloca corretamente este fenômeno de atmosfera, dos oceanos da Terra e dos continentes. Depois de as "nebulosas águas estarem reunidas", os oceanos começaram a formar-se e os "alicerces" da Terra - seus continentes - foram erguidos. À medida que acontecia "a fabricação de frio" - um arrefecimento -, apareceram a chuva e as névoas. Entretanto, "a saliva" continuou a "derramar-se", formando camadas, dando forma à topografia da Terra.

Uma vez mais o paralelo bíblico é claro:

 

E o Senhor disse:

Que se reúnam as águas sobre os céus, juntas num só lugar, e que surja a terra seca.

E assim se fez.

 

A Terra, com oceanos, continentes e uma atmosfera, estava agora pronta para a formação de montanhas, rios, nascentes e vales. Atribuindo toda a criação ao Senhor Marduk, Enuma Elish continuou a narração:

 

Colocando em posição a cabeça de Tiamat [Terra],

Ele ergueu aí as montanhas.

Ele abriu nascentes, afastou as torrentes.

Através dos olhos dela ele libertou o Tigre e o Eufrates.

De seios ele formou as supremas montanhas,

Furou nascentes para a água ser levada em regos.

 

Em perfeito acordo com os achados modernos, tanto o livro do Gênesis como o Enuma Elish e outros textos mesopotâmicos relacionados situam o começo da vida sobre a terra no seio das águas, seguindo pelas "criaturas vivas que pululam" e "pela criação que voa". Só nessa altura é que "criaturas vivas do gênero deles, gado e coisas e animais rastejantes"; apareceram sobre a terra, culminando com o aparecimento do homem - o ato final da criação.

Como parte da nova ordem celestial sobre a terra, Marduk "fez aparecer a divina Lua... designou que ela marcasse a noite e definisse os dias em cada mês".

Quem era este deus celeste? O texto chama-lhe SHESH.KI ("deus celeste que protege a terra"). Não há nenhuma menção anterior na epopéia a um planeta com este nome; e, no entanto, aí está ele, "dentro de sua pressão celestial [campo gravitacional]". E a quem se refere este "sua": a Tiamat ou à Terra?

Os papéis de Tiamat e da Terra e as referências sobre elas parecem ser permutáveis. A terra é a reencarnação de Tiamat. A Lua chama-se o "protetor" da Terra, ou seja, exatamente como Tiamat chamava a Kingu, seu satélite principal.

A criação épica exclui especificamente Kingu da "hoste" de Tiamat, que foi despedaçada, disseminada e posta em movimento inverso à volta do Sol como cometas. Depois de Marduk ter completado sua primeira órbita própria e ter regressado à cena da batalha, ele decretou o destino se­ parado de Kingu:

 

E a Kingu, que se tornara chefe entre eles,

Ele fez tremer;

Como deus DUG.GA.

E ele o contou.

Ele tirou-lhe a Barra dos Destinos,

Que não era legalmente sua.

 

Marduk, então, não destruiu Kingu: puniu-o com a retirada de sua órbita independente que Tiamat lhe concedera quando aumentou de tamanho. Reduzido a um tamanho menor, Kingu ficou um "deus", um membro planetário de nosso sistema solar. Sem uma órbita, ele podia apenas tornar-se de novo um satélite. Como a parte superior de Tiamat foi arremessada para uma nova órbita (como o novo planeta Terra), nós sugerimos que Kingu foi levado com ela. Nossa Lua, pensamos, é Kingu, o satélite anterior de Tiamat.

Transformado num duggae celeste, Kingu fora privado de seus elementos "vitais" - atmosfera, águas, matéria radioativa -, ele diminuiu de tamanho e tornou-se "uma massa de argila sem vida". Estes termos sumérios descrevem adequadamente nossa estéril Lua, a sua história recentemente descoberta e o destino que este planeta recebeu começando como KIN.GU ("o grande emissário") e terminando como DUG.GA.E ("pote de chumbo").

L. W. King (The Seven Tablets of Creation) relata a existência de três fragmentos de uma barra astronômico-mitológica que apresentava outra versão na batalha de Marduk com Tiamat, incluindo versos que tratavam do modo como Marduk despachou Kingu. "Kingu, sua esposa, com uma arma não de guerra ele separou... As Barras do Destino de Kingu ele tomou em sua mão." Uma tentativa posterior levada a cabo por B. Landesberger (em 1923, no Arquivo para a Pesquisa da Escrita Cuneiforme), no sentido de editar e traduzir completamente o texto, demonstrou a permutabilidade dos nomes Kingu/Ensu/Lua.

Estes textos não só confirmam nossa conclusão sobre o fato do satélite principal de Tiamat se ter tornado nossa Lua; eles explicam também as descobertas da NASA referentes a uma enorme colisão "quando corpos celestes do tamanho de grandes cidades chocaram-se com a Lua". Tanto as descobertas da NASA como o texto encontrado por L. W. King descrevem a Lua como o "planeta que foi deixado deserto".

Foram descobertos selos cilíndrios que descrevem a batalha celeste, mostrando Marduk lutando com uma feroz deidade feminina. Tal descrição mostra Marduk disparando seu relâmpago contra Tiamat, com Kingu, claramente identificado com a Lua, tentando proteger Tiamat, seu criador.

 

 

Esta prova pictórica de que a Lua da Terra e Kingu foram o mesmo satélite é posteriormente sublinhada pelo fato etimológico de que o nome; do deus SIN, em tempos posteriores associado com a Lua, derivou de SU.EN ("senhor da Terra deserta").

Tendo derrotado Tiamat e Kingu, Marduk mais uma vez "atravessou os céus e inspecionou as regiões". Desta vez sua atenção focaliza-se na "habitação de Nudimmud" (Netuno), para fixar um "destino" final para Gaga, outrora o satélite de Anshar/Saturno que foi feito um "emissário" para outros planetas.

A epopéia informa-nos que, como um de seus atos finais nos céus, Marduk atribuiu a este deus celeste "um lugar escondido", uma órbita até hoje desconhecida em frente ao "abismo" (espaço exterior), e concedeu­-lhe "o cargo de conselheiro da Aquosa Profundidade". De acordo com sua nova posição, o planeta voltou a receber nome - US.MI ("um que indica o caminho"), o planeta mais exterior, nosso Plutão.

Segundo a Epopéia da Criação, Marduk em certa altura alardeia: "As vias dos deuses celestiais eu alterarei engenhosamente... em dois grupos elas serão divididas".

 

E, de fato, ele cumpriu o que dissera. Eliminou dos céus o primeiro companheiro-de-criação do Sol, Tiamat. Deu vida à Terra, lançando-a numa nova órbita mais próxima do Sol. Ele partiu um "bracelete" nos céus - o cinturão de asteróides que separa o grupo dos planetas interiores do grupo dos planetas exteriores. Transformou a maior parte dos satélites de Tiamat em cometas; ao principal satélite de Tiamat, Kingu, pôs em órbita à volta da Terra, convertendo-o na Lua. E desviou um satélite de Saturno, Gaga, para o transformar no planeta Plutão, transmitindo-lhe algumas das características orbitais próprias de Marduk (como, por exemplo, um plano orbital diferente).

Os quebra-cabeças de nosso sistema solar - as cavidades oceânicas sobre a Terra, a devastação na Lua, as órbitas invertidas dos cometas, o enigmático fenômeno de Plutão - são todos integral e perfeitamente respondidos pela epopéia mesopotâmica da criação, tal como a interpretamos.

Tendo deste modo "construído as estações" para os planetas, Marduk guardou para si próprio a "Estação Nibiru" e "atravessou os céus e inspecionou" o novo sistema solar. Este era agora constituído por doze corpos celestes, com doze grandes deuses como seus correspondentes.

 

 

­

A Realeza do Céu

 

Estudos da "Epopéia da Criação" e textos paralelos (por exemplo, o de S. Langdon, The Babylonian Epic of Creation [A Epopéia Babilônica da Criação]), mostram que, em algum lugar, por volta do ano 2.000 a.C., Marduk, filho de Enki, foi o bem-sucedido vencedor de uma disputa com Ninurta, filho de Enlil, pela supremacia entre os deuses. Os babilônios reuniram então o original sumério da "Epopéia da Criação", expungiram dele todas as referências a Ninurta e a maior parte das referências a Enlil e voltaram a nomear o planeta invasor Marduk.

A verdadeira elevação de Marduk ao estado de "rei dos deuses" sobre a terra foi assim acompanhada pela associação a ele, como sua contraparte celestial, do planeta dos Nefilim, o Décimo Segundo Planeta. Como "senhor dos deuses celestes [os planetas] ", Marduk era também, e do mesmo modo, "rei dos céus".

Alguns estudiosos começaram por acreditar que "Marduk" era ou a Estrela do Norte ou qualquer outra brilhante estrela avistada nos céus da Mesopotâmia na altura do equinócio da primavera, uma vez que o celeste Marduk era descrito como um "brilhante corpo celestial". Mas Albert Schott (Marduk und sein Stern) [Marduk e Sua Estrela] e outros mostraram, concludentemente, que todos os antigos textos astronômicos falam de Marduk como de um membro do sistema solar.

Uma vez que outros epítetos descrevem Marduk como o "grande corpo celestial" e "um que ilumina", foi aventada a teoria de que Marduk era o Deus Sol babilônico, paralelo ao deus Ra egípcio, a quem os egípcios viam também como um Deus Sol. Textos descrevendo Marduk como aquele "que esquadrinha as alturas dos distantes céus... vestindo um halo cujo esplendor inspira o temor" apóiam esta teoria. Mas o mesmo texto continuava dizendo que "ele vistoria as terras como Shamash [o Sol]". Se Marduk era, em alguns aspectos, semelhante ao Sol, é claro que ele não podia ser o Sol.

Se Marduk não era o Sol, qual dos planetas era ele? Os antigos textos astronômicos não são capazes de identificá-lo com nenhum planeta. Baseando suas teorias em certos epítetos (tais como, Filho do Sol), alguns estudiosos apontaram para Saturno. A descrição de Marduk, como um planeta de cor avermelhada fez também de Marte um candidato. Mas os textos colocavam Marduk em markas shame ("no centro do céu"), e isto convenceu muitos estudiosos de que a correta identificação devia ser Júpiter, que está localizado no centro da linha dos planetas:

 

Júpiter

Mercúrio Vênus Terra Marte Saturno Urano Netuno Plutão

 

Esta teoria padece de uma contradição. Os mesmos estudiosos que a apresentam são aqueles que defenderam o ponto de vista de que os caldeus não tinham consciência da existência de planetas para além de Saturno. Estes estudiosos listam a Terra como um planeta, enquanto defendem que os caldeus pensavam na Terra como um centro plano do sistema planetário. E eles omitem a Lua, que os mesopotâmios contaram definitivamente como um dos "celestes deuses". Equiparar o Décimo Segundo Planeta com Júpiter não resolve a questão.

A "Epopéia da Criação" afirma claramente que Marduk era um invasor vindo de fora do sistema solar, passando pelos planetas exteriores (incluindo Saturno e Júpiter) antes de colidir com Tiamat. Os sumérios chamaram NIBIRU, a esse planeta, o "planeta da travessia", e a versão babilônica da epopéia conservou as seguintes informações astronômicas:

 

Planeta NIBIRU:

As estradas cruzadas do céu e da terra ele ocupará.

Acima e por baixo eles não atravessarão.

Eles terão de o aguardar.

 

Planeta NIBIRU:

Planeta que é brilhante nos céus.

Ele tem a posição central;

A ele renderão homenagem.

 

Planeta NIBIRU:

É ele que sem enfado

Continua a atravessar o meio de Tiamat.

Que "TRAVESSIA" seja o seu nome ­–

Aquele que ocupa o centro.

 

Estas linhas fornecem as informações adicionais e concludentes que nos permitem dizer que, com a divisão dos outros planetas em dois grupos iguais, o Décimo Segundo Planeta “continua a atravessar o meio de Tiamat" - ou seja, sua órbita leva-o uma e outra vez sempre ao local da batalha celeste, onde antes estava Tiamat.

Nós descobrimos que os textos astronômicos que tratam, de um modo altamente sofisticado, dos períodos planetários, assim como as listas de planetas em sua ordem celestial, sugerem também que Marduk apareceu algures entre Júpiter e Marte. Uma vez que os sumérios sabiam de todos os planetas, o aparecimento do Décimo Segundo Planeta "na posição central" confirma nossas conclusões:

 

Marduk

Mercúrio Vênus Lua Terra Marte Júpiter Saturno Urano Netuno Plutão

 

Se a órbita de Marduk o leva até onde Tiamat estava outrora, relativamente próximo de nós (entre Marte e Júpiter), por que ainda não avistamos este planeta que, supostamente, é grande e brilhante?

Os textos mesopotâmicos falam de Marduk alcançando regiões desconhecidas dos céus e os longínquos confins do universo. "Ele perscruta o escondido conhecimento... ele vê todos os quadrantes do universo." Ele era descrito como o "monitor" de todos os planetas, aquele cuja órbita lhe dá possibilidade de rodear todos os outros. "Ele segura suas faixas [órbitas]", faz um "arco" à volta deles. Sua órbita é "mais suprema" e "superior" que qualquer outra de outro planeta. Ocorreu deste modo a Franz Kugler (Sternkunde und Sterndienst in Babylon) que Marduk fosse um corpo celeste movendo-se a altas velocidades, orbitando numa via de grande elíptica tal como um cometa.

Uma tal órbita elíptica, focalizada no Sol como um centro de gravidade, tem um apogeu - o ponto mais longínquo do Sol, onde se inicia o vôo de regresso - e um perigeu - o ponto mais próximo do Sol, onde se inicia o regresso para o espaço exterior. Descobrimos que estas duas “bases" estão de fato associadas com Marduk nos textos mesopotâmicos. Os textos sumérios descreviam o planeta como indo desde AN.UR ("Base do Céu") a E.NUN ("Residência Senhorial"). A Epopéia da Criação diz de Marduk:

 

Ele atravessou o céu e inspecionou as regiões...

Depois ele mediu a estrutura do abismo do Senhor.

Estabeleceu E-Shara como sua notável residência;

Como um grande domicílio ele estabeleceu E-Shara.

 

Uma "residência" era assim "notável" - distante nas profundas regiões do espaço. A outra foi estabelecida no "céu", nos limites do cinturão de asteróides, entre Marte e Júpiter.

 

 

Segundo os ensinamentos de seu antecessor sumério, Abraão de Ur, os antigos hebreus associaram também sua deidade suprema com o supremo planeta. Tal como os textos mesopotâmicos, muitos livros do Antigo Testamento descrevem o "Senhor" como tendo sua residência nas "alturas do céu", onde ele “observa os principais planetas tal como foram erguidos"; um Senhor celestial que, invisível, "nos céus gira como um círculo". O livro de Jó, tendo descrito a colisão celeste, contém estes significativos versos que nos dizem para onde se dirigira o altaneiro e senhorial planeta:

 

Por sobre o abismo ele delineou uma órbita;

Onde a luz e a escuridão {se fundem}

É o seu mais longínquo limite.

 

Não menos explicitamente, os Salmos sublinham a majestosa rota do planeta:

 

Os céus sugerem a glória do Senhor;

O Bracelete Partido proclama seu trabalho manual...

Ele avança como um camareiro vindo da abóbada;

Como um atleta ele deleita-se a correr a rota.

Dos confins dos céus ele emana,

E seu circuito fica no fim deles.

 

Reconhecido como um grande viajante nos céus, planando em alturas imensas no seu apogeu e depois "descendo, inclinando-se para o céu" no seu perigeu, o planeta é representado como um globo alado.

Toda vez que os arqueólogos descobriram vestígios de povos do Oriente Médio, o símbolo do globo alado estava visível, dominando templos e palácios, esculpido em rochas, gravado em selos cilíndricos, pintado em paredes. Acompanhava reis e sacerdotes, aparecia sobre seus tronos, "flutuava" sobre eles em cenas de batalhas, aparecia gravado em seus carros. Objetos de argila, metal, pedra e madeira eram adornados com este símbolo. Os governantes da Suméria e da Acádia, Babilônia e Assíria, Elam e Urartu, Mari e Nuzi, Mitanni e Canaã - todos eles reverenciaram o símbolo. Os reis hititas, os faraós egípcios, os shar's persas - todos proclamaram a supremacia do símbolo (e daquilo que ele representava). E assim permaneceu durante milênios.

 

 

Elemento central nas crenças religiosas e na astronomia do Mundo Antigo, era a convicção de que o Décimo Segundo Planeta, o "Planeta dos Deuses", permanecia no interior do sistema solar e que sua grandiosa órbita regressava periodicamente às proximidades da Terra. O signo pictográfico para o Décimo Segundo Planeta, o "Planeta da Travessia", era uma cruz. Este signo cuneiforme que significava também “Anu” e "divino", evoluiu nas línguas semitas para a letra tav, que queria dizer "o signo".

 




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