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Os Nefilim - Povo dos Foguetes Faiscantes 14 страница



O prof. Alfred Jeremias (Handbuch der Altorientalischen Geistkultur) [Livro de Bolso da Cultura Espiritual do Antigo Oriente] concluiu que os astrônomos babilônicos estavam familiarizados com o fenômeno do movimento retrógrado, com o aparentemente irregular movimento de serpente descrito pelos planetas quando vistos da Terra, causado pelo fato de a Terra girar ao redor do Sol com maior ou menor velocidade que os outros planetas. O significado deste conhecimento repousa não só no fato do movimento retrógrado ser um fenômeno relacionado com as órbitas à volta do Sol, como também por serem necessários longos períodos de observação para as compreender e seguir seu curso.

Onde foram desenvolvidas estas complicadas teorias, e quem fez as observações sem as quais elas não poderiam ter sido desenvolvidas? Neugebauer salienta que “nos textos de conduta deparamos com um grande número de termos técnicos de leitura totalmente desconhecida, se não de desconhecido significado". Alguém muito anteriormente aos babilônios possuiu conhecimento astronômico e matemático muito superior ao da posterior cultura da Babilônia, Assíria, Egito, Grécia e Roma.

Os babilônios e os assírios dedicaram uma parte substancial dos seus esforços astronômicos na manutenção de um calendário exato. Tal como o calendário judaico até hoje, era um calendário solar-lunar correlacionando ("intercalando") o ano solar de pouco mais de 365 dias com um mês lunar de pouco menos de trinta dias. Enquanto se impunha um calendário para os negócios e outras necessidades mundanas, sua precisão era requerida primordialmente para determinar o exato momento e dia do ano-novo e outras festas e adoração dos deuses.

Para medir e correlacionar os intricados movimentos do Sol, Terra, Lua e planetas, os sacerdotes-astrônomos mesopotâmicos baseavam-se numa complexa astronomia esférica. A Terra era considerada como uma esfera com um equador e pólos; os céus estavam também divididos em linhas equatoriais e polares imaginárias. A passagem dos corpos celestes relacionava-se com a elíptica, a projeção do plano da órbita da Terra à volta do Sol sobre a esfera celestial, os equinócios (os pontos e os horários em que o Sol no seu movimento anual aparente cruza a norte e a sul o equador celestial) e os solstícios (a época em que o Sol durante o seu movimento anual aparente ao longo da elíptica está na sua maior inclinação a norte e a sul). Todos estes conceitos astronômicos são usados até hoje.

Mas os babilônios e os assírios não foram os inventores do calendário nem dos engenhosos métodos para seu cálculo. Seus calendários, tal como os nossos, são originários da Suméria. Aí os estudiosos encontraram um calendário em uso desde os tempos mais remotos, que é a base de todos os calendários posteriores. O principal calendário e modelo era o de Nippur, a sede e o centro de Enlil. O nosso calendário atual tem aquele como modelo.

Para os sumérios, o ano-novo começava no momento exato em que o Sol atravessava o equinócio da primavera. O prof. Stephen Langdon (Tablets from the Archives of Drehem) [Barras dos Arquivos de Drehem] descobriu que registros deixados por Dungi, um governante de Ur por volta do ano 2.400 a.C., mostram que o calendário de Nippur selecionava certo corpo celeste cuja posição contra o nascer do Sol possibilitava a determinação do momento exato da chegada do novo ano. Isto, concluiu ele, era feito "talvez 2.000 anos antes da era de Dungi", ou seja, cerca do ano 4.400 a.C.!

É possível que os sumérios, sem os instrumentos atuais, tenham, ainda assim, tido o sofisticado conhecimento astronômico e matemático requerido por uma astronomia e geometria esféricas? De fato, tal como nos mostra sua língua, tiveram-no.

Eles possuíam um termo - DUB - que significava (em astronomia) a "circunferência do mundo" de 360°, em relação à qual falavam da curvatura ou arco dos céus. Para seus cálculos astronômicos e matemáticos desenharam o AN.UR, - um "horizonte celeste" imaginário contra o qual podiam calcular o nascimento e ocaso dos corpos celestes. Perpendicularmente a este horizonte colocaram uma linha vertical imaginária, a NU.BU.SAR.DA; com sua ajuda, obtiveram o ponto de zênite e chamaram­-lhe AN.PA. Traçaram as linhas a que chamamos meridianos e puseram-lhes o nome de "as meias-luas graduadas"; as linhas de latitude chamavam-se "linhas médias do céu". A linha de latitude marcando o solstício de verão, por exemplo, era chamada AN.BIL. ("ponto de fogo dos céus").

Os textos acádios, hurritas, hititas e outras obras-primas literárias do antigo Oriente Médio, sendo traduções ou versões dos originais sumérios, estavam repletos de palavras emprestadas da língua suméria dos campos vocabulares dos corpos celestiais e fenômenos. Os estudiosos babilônicos e assírios que redigiram listas de estrelas e assentaram cálculos dos movimentos planetários fizeram freqüentes notas nos originais sumérios em barras indicando que se tratava de cópias ou traduções. Os 25 mil textos dedicados à astronomia e astrologia, que se diz terem estado incluídos na biblioteca de Nínive do rei Assurbanipal, contêm freqüentemente a indicação de suas origens sumérias.

Uma série astronômica principal, a que os babilônios chamavam "O Dia do Senhor", foi declarada por seus escribas como tendo sido copiada de uma barra suméria escrita no tempo de Sargão de Acádia, no 3º. milênio a.C. Uma barra datada da terceira dinastia de Ur, também no 3º. milênio a.C., descreve e lista uma série de corpos celestes com tanta clareza que os estudiosos modernos tiveram poucas dificuldades em reconhecer no texto uma classificação de constelações, entre as quais a Ursa Maior, o Dragão, a Lira, o Cisne e Cefeu, e o Triângulo nos céus do norte; Órion, Cão Maior, Hidra, Corvo e Centauro nos céus do sul; e as constelações zodiacais normais na faixa celeste central.

Na Mesopotâmia Antiga os segredos do conhecimento celestial eram preservados, estudados e transmitidos por astrônomos-sacerdotes. Talvez de acordo com esta tradição, três dos estudiosos a quem se dá o crédito de nos terem devolvido esta perdida ciência "caldaica" são padres jesuítas: Joseph Epping, Johann Strassman e Franz X. Kugler. Kugler, num primoroso trabalho (Sternkunde und Sterndienst in Babel) [Astronomia e Astrologia na Babilônia], analisou, decifrou, selecionou e explicou um vasto número de textos e listas. Em dada altura, "invertendo os céus" matematicamente, conseguiu apresentar uma lista de 33 corpos celestiais nos céus da Babilônia no ano 1.800 a.C. que estava nitidamente sistematizada de acordo com os atuais agrupamentos!

Depois de muito trabalho, decidindo quais os verdadeiros grupos e aqueles que eram meramente subgrupos, a comunidade astronômica mundial concordou (em 1925) em dividir os céus, tal como são vistos da Terra, em três regiões - norte, centro e sul - e agrupar as estrelas em 88 constelações, veio-se a descobrir mais tarde que não havia nada de novo nisto, porque os sumérios foram os primeiros a dividir os céus em três faixas ou "caminhos" - o "caminho" do norte tomou o nome de Enlil, o do sul, de Ea, e a faixa central era a "Via de Anu" - e associou a estas faixas várias constelações. A atual faixa central, com doze constelações zodiacais, corresponde exatamente à Via de Anu, na qual os sumérios agruparam as estrelas em doze casas.

Na Antiguidade, como hoje em dia, o fenômeno era relacionado com o conceito do zodíaco. O grande círculo da Terra à volta do Sol estava dividido em doze partes iguais de 30° cada uma. As estrelas vistas em cada um destes segmentos, ou "casas", eram agrupadas numa constelação; depois, cada uma delas era denominada de acordo com a forma que as estrelas do grupo pareciam tomar.

Devido ao fato das constelações e suas subdivisões, e até das estrelas individuais dentro das constelações, terem alcançado a civilização ocidental com os nomes e descrições emprestados em grande parte da mitologia grega, o mundo ocidental inclinou-se durante quase dois milênios a conceder o crédito desta conquista aos gregos. Mas agora está evidente que os mais remotos astrônomos gregos simplesmente adaptaram à sua língua e mitologia uma astronomia já existente obtida dos sumérios. Já observamos como Hiparco, Eudóxio e outros obtiveram o seu conhecimento. Até Tales, o mais antigo astrônomo grego de peso, que se diz ter previsto o eclipse solar total de 28 de maio de 585 a.C., que fez parar a guerra entre lídios e medos, confessou que as fontes de seu conhecimento eram de origem mesopotâmica pré-semita, nomeadamente, suméria.

Adquirimos o termo "zodíaco" da palavra grega zodiakos kiklos ("ciclo animal"), porque a exposição dos grupos de estrelas assemelhava-se à forma de um leão, de peixes, e por aí adiante. Mas estas formas e nomes imaginários foram, na verdade, idealizados pelos sumérios, que chamavam às doze constelações zodiacais UL.HE. ("o brilhante rebanho"):

 

1. GU.AN.NA ("touro celestial"), Touro.

2. MASH.TAB.BA ("gêmeos"), nosso Gêmeos.

3. DUB ("pinças", "tenazes"), o Caranguejo ou Câncer.

4. UR.GULA ("leão"), Leão.

5. AB.SIN ("o pai dela era Sin"), a Donzela, Virgem.

6. ZI.BA.AN.NA ("destino celestial"), as escalas da Balança, Libra.

7. GIR.TAB ("que crava e corta"), Escorpião.

8. PA.BIL ("defensor"), o Arqueiro, Sagitário.

9. SUHUR.MASH ("peixe-cabra"), Capricórnio.

10. GU ("senhor das águas"), o Carregador de Água, Aquário.

11. SIM.MAH ("peixes"), Peixes.

12. KU.MAL ("o habitante do campo"), Carneiro, Áries.

 

 

As representações pictóricas ou signos do zodíaco, tal como seus nomes, permaneceram virtualmente intactos desde sua introdução na Suméria.

Até a introdução do telescópio, os astrônomos europeus aceitaram o reconhecimento ptolomaico de apenas dezenove constelações nos céus do norte. Por volta de 1925, quando se chegou a um acordo sobre a classificação corrente, já 28 constelações tinham sido identificadas naquela que os sumérios chamavam a Via de Enlil. Não nos devemos admirar que, ao contrário de Ptolomeu, os antigos sumérios reconheceram, identificaram, agruparam, denominaram e listaram todas as constelações dos céus do norte!

Dos corpos celestiais na Via de Enlil, doze eram julgados como sendo de Enlil, estabelecendo um paralelo com os doze corpos celestes zodiacais da Via de Anu. Do mesmo modo, no hemisfério sul dos céus - a Via de Ea - doze constelações foram listadas não meramente como fazendo parte dos céus meridionais, como também sendo do deus Ea. Em adição a estas doze constelações principais de Ea, várias outras foram listadas para os céus do sul - embora não tantas como as até hoje identificadas.

A Via de Ea pôs sérios problemas aos assiriologistas que empreenderam a imensa tarefa de desenredar o antigo conhecimento astronômico não apenas em termos de conhecimento moderno, mas também baseados no aspecto dos céus de séculos e milênios atrás. Observando os céus meridionais de Ur ou Babilônia, os astrônomos podiam apenas ver pouco mais de metade dos céus do sul - o resto ficava já abaixo do horizonte. Ainda assim, se corretamente identificadas, algumas das constelações da Via de Ea ficam bem abaixo do horizonte. Mas surgiu um problema ainda mais grave: se (tal como consideraram os estudiosos) os mesopotâmios acreditaram (tal como os gregos em tempos posteriores) que a Terra era uma massa de terra seca pousada sobre uma caótica escuridão de um mundo inferior (o Hades grego) - um disco chato sobre o qual os céus se arqueavam em semicírculo -, então, não deveria haver nenhum céu do sul!

Limitados à pressuposição de que os mesopotâmios estavam obrigados a um conceito de Terra plana, os eruditos modernos não podiam permitir que suas conclusões os levassem muito mais abaixo do que à linha equatorial dividindo norte e sul. A evidência, no entanto, mostra que as três "vias" sumérias englobavam os céus inteiros de uma Terra esférica e, claro, não plana.

Em 1900, T. G. Pinches relatou à Real Sociedade Asiática que conseguira reunir e reconstruir um astrolábio mesopotâmico completo (literalmente, um "tomador de estrelas"). Ele apresentou um disco circular, dividido como uma pizza em doze segmentos e três anéis concêntricos, resultando num campo de 36 frações. Todo o desenho tinha a aparência de uma rosácea de doze "folhas", cada uma das quais com o nome de um mês aí escrito. Pinches numerou-as então de I a XII, por conveniência, começando com Nisannu, o primeiro mês do calendário mesopotâmico.

 

 

Cada uma das 36 frações contém também um nome com um pequeno círculo embaixo, significando que se tratava do nome de um corpo celeste. Desde então, esses nomes têm sido encontrados em muitos textos e "listas de estrelas" e são indubitavelmente os nomes de constelações, estrelas ou planetas.

Cada um dos 36 segmentos tinha também um número escrito sob o nome do corpo celeste. No anel mais interior, os números vão de 30 a 60; no anel central, de 60 (escrito como "1") a 120 (este "2" no sistema sexagesimal significava 2 x 60 = 120); e no anel exterior, de 120 a 240. Que representavam estes números?

Escrevendo quase cinqüenta anos depois da apresentação de Pinches, o astrônomo e assiriologista O. Neugebauer (A History of Ancient Astronomy: Problems and Methods) [Uma História da Antiga Astronomia: Problemas e Métodos] só pode dizer que "todo o texto constitui uma espécie qualquer de mapa celestial esquemático... em cada um dos 36 campos encontramos o nome de uma constelação e números simples cujo significado não está ainda hoje claro". Um importante perito no assunto, B. L. van der Waerden (Babylonian Astronomy: the Thirty-Six Stars) [Astronomia Babilônica: as Trinta e Seis Estrelas], refletindo sobre a clara ascensão e queda dos números em alguns ritmos, pode apenas sugerir que "os números têm algo a ver com a duração da luz diurna".

O quebra-cabeça, acreditamos, só pode ser resolvido se nos afastarmos da idéia de que os mesopotâmios acreditaram numa Terra plana e se reconhecermos que seu conhecimento astronômico era tão bom como o nosso - não porque eles tivessem melhores instrumentos que nós, mas porque sua fonte de informação eram os Nefilim.

Sugerimos que os números enigmáticos representam graus do arco celestial, tendo o Pólo Norte como ponto de partida, e que o astrolábio era um planisfério, a representação de uma esfera sobre a superfície plana.

Enquanto os números aumentam e diminuem, aqueles que estão nos segmentos opostos à Via de Enlil (tal como Nisannu - 50, Tashritu ­ 40) somam 90; todos os da Via de Anu somam 180; e os da Via de Ea somam 360 (tal como Nisannu, 200, Tashritu, 160). Estas figuras são demasiado familiares para serem mal interpretadas; representam segmentos de uma circunferência esférica completa: um quarto (90°), metade (180°), ou o círculo completo (360°).

Os números dados para a Via de Enlil estão emparelhados de modo a mostrar que este segmento sumério dos céus setentrionais se expandia ao longo de 60° desde o Pólo Norte, fazendo fronteira com a Via de Anu a 30° abaixo do equador. Depois, mais para sul e ainda mais longe do Pólo Norte, fica a Via de Ea - aquela parte da terra e do globo celeste situada entre 30° sul e o Pólo Sul.

 

 

Os números nos segmentos da Via de Ea perfazem 180° em Addaru (fevereiro-março) e Ululu (agosto-setembro). O único ponto que está a 180° de distância do Pólo Norte é o Pólo Sul, quer se dirija para o sul pelo leste ou pelo oeste. E isto só pode ser verdadeiro se se tratar de uma esfera.

A precessão é o fenômeno causado pela oscilação do eixo norte-sul da Terra, fazendo com que o Pólo Norte (aquele que indica a Estrela do Norte) e o Pólo Sul descrevam um grande círculo nos céus. O evidente atraso da Terra contra as estreladas constelações chega acerca de cinqüenta segundos de arco durante um ano, ou um grau em 72 anos. O grande círculo - o tempo que leva o Pólo Norte da Terra para apontar a mesma Estrela do Norte - dura, deste modo, 25.920 anos (72 x 360) e é aquilo a que os astrônomos chamam o Grande Ano ou o Ano Platônico (uma vez que, ao que parece, também Platão estava a par deste fenômeno).

O nascimento e ocaso de várias estrelas consideradas significantes na Antiguidade e a determinação precisa do equinócio da primavera, ou vernal (que anunciava o ano-novo) estavam relacionadas com a casa zodiacal na qual ocorriam. Devido à precessão, o equinócio vernal e outros fenômenos celestiais, retardados de ano para ano, foram, finalmente, atrasados uma vez em 2.160 anos por uma casa zodiacal completa. Os nossos astrônomos continuam a empregar um "ponto zero" ("o primeiro ponto de Áries") que marcava o equinócio vernal por volta do ano 900 a.C., mas este ponto foi agora desviado até a casa de Peixes. Cerca do ano 2.100 da nossa era, o equinócio vernal começará a ocorrer na casa de Aquário precedente. É isto que querem dizer aqueles que falam que estamos para entrar para a Era de Aquário.

 

Uma vez que o deslocamento de uma casa zodiacal para outra leva mais de dois milênios, perguntaram-se os eruditos, como e quando poderia Hiparco ter aprendido o fenômeno da precessão no século 2 a.C. É agora claro que esta fonte de conhecimento era suméria. As descobertas do prof. Langdon revelam que o calendário de Nippur, estabelecido por volta do ano 4.400 a.C., na Idade do Touro, reflete o conhecimento da precessão e deslocamento das casas zodiacais que ocorreram 2.160 anos mais cedo. O prof. Jeremias, que correlacionou os textos astronômicos mesopotâmicos com os textos astronômicos hititas, foi também da opinião de que as mais velhas barras astronômicas registravam a mudança de Touro para Áries e, concluiu ele, os mesopotâmios predisseram e anteciparam a mudança de Áries para Peixes.

Reforçando estas conclusões, o prof. Willy Hartner (The Earliest History of the Constellations in the Near East) [A Remota História das Constelações no Oriente Médio] sugeriu que os sumérios deixaram uma vasta evidência pictórica que concorre para essas mesmas conclusões. Quando o equinócio vernal estava no zodíaco de Touro, o solstício de verão ocorria no zodíaco de Leão. Hartner chamou a atenção para o tema constante de um "combate" Touro-Leão aparecer nas descrições sumérias desde os mais remotos tempos e sugeriu que estes temas representaram as posições-chave das constelações de Touro (o touro do "combate") e de Leão para um observador a 30° norte (tal como se fosse de Ur) por volta do ano 4.000 a.C.

 

 

A maior parte dos estudiosos considera que a tônica dos sumérios em apresentarem Touro como sua primeira constelação, prova não só a antiguidade do zodíaco - datado de cerca do ano 4.000 a.C. -, como é testemunha também da época em que a civilização suméria tão repentinamente começou. O prof. Jeremias (The Old Testament in the Light of the Ancient East) [O Antigo Testamento à Luz do Antigo Oriente] encontrou provas mostrando que o "ponto zero" zodíaco-cronológico dos sumérios ficava precisamente entre Touro e Gêmeos; deste e de outros fatos, ele concluiu que o zodíaco fora idealizado na Idade de Gêmeos - ou seja, antes até do início da civilização suméria. Uma barra suméria no Museu de Berlim (VAT.7847) começa a lista das constelações zodiacais com Leão, levando-­nos de volta até cerca do ano 11.000 a.C., quando o homem acabara de começar a lavrar a terra.

O prof. H. V. Hilprecht (The Babylonian Expedition of the University of Pensylvania) [A expedição Babilônica da Universidade de Pensilvânia] foi ainda mais longe. Estudando milhares de barras com classificações matemáticas, concluiu que "todas as tábuas de multiplicação e divisão das bibliotecas do templo de Nippur e Sippar e da biblioteca de Assurbanipal [em Nínive] se baseiam sobre [o número] 12.960.000". Analisando este número e seu significado, concluiu que só se podia relacionar com o fenômeno da precessão e que os sumérios tinham conhecimento do Grande Ano de 25.920 anos.

Isto é, na verdade, uma fantástica sofisticação astronômica impossível em tal época.

Tal como é evidente que os astrônomos sumérios possuíram um conhecimento que com toda a certeza não podiam ter adquirido por eles próprios, assim há também provas que mostram que uma boa parte do seu conhecimento não tinha uso prático para eles.

Isto diz respeito não apenas aos muito sofisticados métodos astronômicos que eram usados - quem na antiga Suméria precisava realmente estabelecer um equador celestial, por exemplo? -, como também a uma variedade de textos elaborados que tratam das medições das distâncias interestelares.

Um destes textos, conhecido como AO.6478, lista as 26 estrelas principais, visíveis ao longo da linha a que hoje chamamos Trópico de Câncer, e fornece as distâncias entre elas como medidas de três formas diferentes. O texto dá-nos, primeiro, as distâncias entre estas estrelas por intermédio de uma unidade chamada mana shukultu ("medido e pesado"). Crê-se que este engenhoso artifício relacionava o peso da água fluindo com a passagem do tempo. Tornou possível a determinação das distâncias entre duas estrelas em termos de tempo.

A segunda coluna de distâncias era em termos de graus do arco dos céus. O dia completo (período de luz e noite) estava dividido em doze horas duplas. O arco dos céus compreendia um círculo completo de 360°. Por isso, um beru ou "hora dupla" representava 30° do arco dos céus. Por este método, a passagem do tempo na terra fornecia uma medida das distâncias em graus entre os corpos celestes nomeados.

O terceiro método de medição era o beru ina shame ("comprimento nos céus"). F. Thureau-Dargin (Distâncias entre Estrelas Fixas) salientou que, enquanto os dois primeiros métodos eram relativos a outros fenômenos, este terceiro método fornecia medições absolutas. Um "beru celestial", acredita ele e outros, equivalia a 10.692 metros atuais. A "distância nos céus" entre as 26 estrelas foi calculada no texto como sendo somada a 655,200 "beru desenhados no céu".

A existência de três diferentes métodos de medição de distâncias entre as estrelas dá-nos a exata noção da importância vinculada a semelhante assunto. E,no entanto, quem entre os homens e as mulheres da Suméria precisava de tal conhecimento, e quem entre eles podia ter idealizado os métodos e servir-se apropriadamente deles? A única resposta possível é esta: os Nefilim, eles sim, tinham o conhecimento e a necessidade de tão exatas medições.

Capazes de viajar no espaço, chegando à Terra vindos de outro planeta, deambulando pelos céus da terra, eles eram os únicos que podiam possuir, e possuíam, à época da alvorada da civilização humana, o conhecimento astronômico que requereu milênios para se desenvolver; os métodos sofisticados, a matemática e os conceitos de uma avançada astronomia, e a necessidade de ensinar os escribas humanos a copiar e registrar, meticulosamente, tábua após tábua, as distâncias nos céus, a ordem de estrelas e grupos de estrelas, os helicoidais nascimentos e ocasos, um complexo calendário Sol-Lua-Terra, e o restante e notável conhecimento tanto do céu como da terra.

Contra este painel de fundo, ainda poderemos julgar que os astrônomos mesopotâmicos, guiados pelos Nefilim, não tinham consciência dos planetas para além de Saturno, não sabiam de Urano, Netuno e Plutão? Seu conhecimento da própria família da terra, o sistema solar, seria menos completo do que o das longínquas estrelas, de sua ordem e de suas distâncias?

As informações astronômicas dos tempos antigos contidas em centenas de textos detalhados inventariam corpos celestes, nitidamente arranjados por sua ordem celestial, ou pelos deuses, com meses, terras ou constelações às quais estavam associados. Um destes textos, analisado por Ernst F. Weidner (Handbuch der Babylonischen Astronomie) [Livro de Bolso da Astronomia Babilônica], é chamado "A Grande Lista de Estrelas". Nele estão inventariadas em cinco colunas dezenas de corpos celestes relacionados uns com os outros, com os meses, regiões e deidades. Outro texto lista corretamente as principais estrelas das constelações zodiacais. Um texto indexado com a referência B.M. 86378 sistematizava (em sua parte intacta) 71 corpos celestes por sua localização nos céus - e o mesmo se passa em muitos outros textos.

 




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