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Aterrissagem no Planeta Terra 6 страница



 

 

Embora Enki estivesse encarregado do primeiro grupo na Terra e do desenvolvimento do Abzu, o crédito de tudo aquilo que foi realizado ­como aconteceria com todos os generais - não deve ir integral apenas para ele. Aqueles que realmente executaram um trabalho, dia após dia, foram os membros inferiores do grupo, os Anunnaki.

Um texto sumério descreve a construção do centro de Enlil em Nippur. "Os Anunna, deuses do céu e da terra, estão trabalhando. O machado e o cesto de transporte, com os quais fazem os alicerces das cidades, seguram em suas mãos.”

Os textos antigos descrevem os Anunnaki como os deuses de segunda categoria que foram envolvidos na colonização da Terra - os deuses "que realizaram as tarefas". A "Epopéia da Criação" babilônica atribui a Marduk a distribuição dos encargos aos Anunnaki. (O original sumério, podemos imaginar seguramente, falava de Enlil como o deus que deu ordem a estes astronautas.)

 

Designados para Anu, para observarem suas instruções,

Três centenas nos céus eles estavam como uma guarda;

Para marcar os caminhos dos céus à Terra;

E na Terra,

Seis centenas ele fez residir.

Depois de ter ordenado todas as suas instruções,

Aos Anunnaki do céu e da terra

Ele distribuiu seus encargos.

 

Os textos revelam que três centenas deles - os "Anunnaki do céu", ou IGIGI - eram verdadeiros astronautas que ficaram a bordo da nave espacial sem aterrissarem realmente na Terra. Orbitando a Terra, esta nave espacial lançava e recebia o ônibus que viajava para a Terra.

Como chefe dos "Águias", Shamash era um convidado bem-vindo e heróico a bordo "da poderosa grande câmara no céu" dos Igigi. Um "Hino a Shamash" descreve como os Igigi observaram Shamash aproximando-se em seu ônibus:

 

Com teus aparecimentos, todos os príncipes estão contentes;

Todos os Igigi rejubilam por ti...

No brilho da tua luz, seu caminho...

Eles olham constantemente para teu esplendor...

Bem aberta está a porta, inteiramente...

As ofertas de pão de todos os Igigi [esperam-te]

 

Ficando no alto, os Igigi, evidentemente, nunca foram encontrados pela humanidade. Vários textos dizem que eles estavam "demasiado alto para a humanidade, e, como conseqüência, não estavam preocupados com o povo". Os Anunnaki, por outro lado, que aterrissaram e ficaram na Terra, eram conhecidos e reverenciados pelo gênero humano. Os textos que afirmam que "os Anunnaki do céu... são 300", afirmam também que "os Anunnaki da terra... são 600".

Ainda assim, muitos textos persistem em se referir aos Anunnaki como "os cinqüenta grandes príncipes". Uma pronúncia vulgar do seu nome em acádio, An-nun-na-ki, cria prontamente o significado “os cinqüenta que foram do céu à terra". Haverá meios de estabelecer uma ponte entre as aparentes contradições?

Relembramos o texto que relata como Marduk correu para seu pai Ea para dar conta da perda de uma nave espacial transportando “os Anunnaki que são cinqüenta" quando ela passou próximo de Saturno. Um texto de exorcismo do tempo da terceira dinastia de Ur fala dos anunna eridu ninnubi ("os cinqüenta Anunnaki da cidade de Eridu"). Isto sugere bem que o grupo de Nefilim que fundou Eridu sob o comando de Enki perfazia os cinqüenta elementos. O número de Nefilim em cada grupo que aterrissava poderia ser cinqüenta?

É, acreditamos, bastante compreensível que os Nefilim chegassem à Terra em grupos de cinqüenta. Quando as visitas à Terra se tornaram regulares, coincidindo com horários de lançamento oportunos a partir do Décimo Segundo Planeta, mais Nefilim devem ter começado a vir. De cada vez, alguns dos primeiros visitantes deviam subir num módulo da Terra e reunir-­se à nave espacial para a viagem para casa. Mas, de cada vez, deviam ficar também mais Nefilim e o número de astronautas do Décimo Segundo Planeta para colonizar a Terra aumentou dos cinqüenta do grupo de aterrissagem inicial para os "seiscentos que se estabeleceram na Terra".

 

Como esperavam os Nefilim levar a bom termo sua missão de conseguir na Terra os minerais desejados e enviar os lingotes de volta para o Décimo Segundo Planeta, com um número tão escasso de mãos?

Sem nenhuma sombra de dúvida, eles confiavam em seu conhecimento científico. É aí que se torna claro todo o valor de Enki, a razão de ele, e não Enlil, ter sido o primeiro a aterrissar, a razão de a ele ter sido atribuído o Abzu.

Um famoso selo agora em exibição no Museu do Louvre mostra Ea com apenas suas usuais águas fluentes, que estas parecem emanar de, ou serem filtradas através de, uma série de garrafas de laboratório.

 

 

Uma interpretação tão antiga da associação de Ea com o elemento água levanta a possibilidade de a esperança original dos Nefilim ter sido obter os minerais a partir do mar. As águas dos oceanos contêm realmente vastas quantidades de ouro e outros minerais vitais, mas diluídos em tão larga escala que são necessárias técnicas baratas e altamente sofisticadas para justificar tal "mineração aquática". Sabe-se também que os leitos do mar contêm quantidades imensas de minerais na forma de nódulos do tamanho de ameixas, viáveis apenas se alguém pudesse descer a uma grande profundidade e coletá-los.

Os antigos textos referem-se repetidamente a um tipo de barco usado pelos deuses chamado elippu tebiti ("navio afundado", que agora chamamos submarino). Vimos os "homens-peixes" que estavam associados a Ea. Será isto prova das tentativas em mergulhar nas profundezas dos oceanos e daí retirar as riquezas minerais? A Terra das Minas, como já observamos, foi primeiramente chamada A.RA.LI, "local das águas dos brilhantes veios". Pode referir-se a uma terra em que o ouro era peneirado nos rios e pode também referir-se a tentativas para obter ouro dos mares.

Se estes eram os planos dos Nefilim, claramente não deram em nada. Pouco depois de terem fundado suas primeiras colônias, às poucas centenas de Anunnaki foi atribuída uma tarefa inesperada e muito árdua: descer às profundidades do solo africano e minerar ali os minerais desejados.

Foram encontradas representações em selos cilíndricos que mostram deuses à porta daquilo que parecem ser entradas de minas ou veios de minas. Um mostra Ea numa região em que Gibil está acima da terra e outro deus labuta sob o solo, de joelhos e mãos no chão.

 

 

 

Em tempos posteriores, os textos babilônicos e assírios revelam que homens, novos e velhos, eram sentenciados a um duro trabalho nas minas do Mundo Inferior. Trabalhando na escuridão e recebendo farinha para comer, estavam condenados a nunca mais regressarem à sua pátria. É por este motivo que o epíteto sumério para a terra - KURNU.GI.A - adquiriu a interpretação "terra sem regresso"; seu significado literal era "terra onde deuses-que-trabalham, em profundos túneis, acumulam os veios". Ao tempo em que os Nefilim colonizaram a Terra todas as antigas fontes o atestam, o homem não habitava ainda a Terra, e, na ausência da humanidade, os poucos Anunnaki tinham de trabalhar arduamente. Ishtar, em sua descida ao Mundo Inferior, descrevia o cansado Anunnaki comendo alimentos misturados com argila e bebendo água poluída com poeira.

Com este pano de fundo, podemos entender por completo um longo texto épico chamado (segundo seu verso de abertura, como era costume) "Quando os deuses, como homens, faziam o trabalho".

Reunindo muitos fragmentos tanto das versões babilônicas como das assírias, W. G. Lambert e A. R. Millard (Atra-Hasis: The Babylonian Story of the Flood) [Atra-Hasis: A História Babilônica do Dilúvio] conseguiram apresentar um texto contínuo. Concluíram que se baseava em versões anteriores e possivelmente em tradições orais ainda mais remotas acerca da chegada dos deuses à Terra, da criação do homem e de sua destruição pelo dilúvio.

Enquanto muitos versos têm apenas valor literário para seus tradutores, nós os achamos altamente significativos, uma vez que confirmam nossas descobertas e conclusões dos capítulos precedentes. Eles explicam também as circunstâncias que levaram ao motim dos Anunnaki.

A história começa no tempo em que apenas os deuses viviam na Terra:

 

Quando os deuses, como os homens,

Faziam o trabalho, e sofriam a fadiga

­A lida dos deuses era grande,

O trabalho era pesado,

A angústia era muita.

 

Naquele tempo, relata a epopéia, as deidades principais tinham já dividido os poderes entre si.

 

Anu, pai dos Anunnaki, era o rei celestial;

Seu chanceler era o guerreiro Enlil.

O oficial-chefe era Ninurta,

E seu corregedor era Ennugi.

Os deuses trocaram apertos de mão,

Lançaram sortes e dividiram.

Anu subira ao céu,

[Deixado] a terra a seus súditos.

Os mares, reunidos em cadeia,

Eles deram a Enki, o príncipe.

 

Sete cidades foram fundadas, e o texto refere-se aos sete Anunnaki que dirigiam as cidades. A disciplina devia ter sido rígida, uma vez que, diz­-nos o texto, "os Sete Grandes Anunnaki faziam os deuses inferiores sofrer todo o trabalho".

De todos os cansativos trabalhos, o de escavação era o mais comum, árduo e odioso. Os deuses inferiores escavavam as margens dos rios para os tornar navegáveis; escavavam canais para a irrigação e escavavam também no Apsu para trazer à superfície os minérios da Terra. Embora, indubitavelmente, tivessem algumas sofisticadas ferramentas - os textos falam do "machado de prata que brilha como o dia", até debaixo do solo - o trabalho era demasiado exigente. Durante um longo período - durante quarenta "períodos", para ser exato - os Anunnaki "sofreram a exaustão", e depois gritaram: "Basta!”

 

Eles queixavam-se, falavam mal,

Resmungavam nas escavações.

 

A ocasião para o motim parece ter sido uma visita de Enlil à área de mineração. Aproveitando a oportunidade, os Anunnaki disseram uns aos outros:

 

Vamos enfrentar o nosso... oficial-chefe,

Para que ele nos alivie de nosso pesado trabalho.

Ao rei dos deuses, o herói Enlil,

Enervemo-lo em seu domicílio!

 

Rapidamente foi encontrado um dirigente ou organizador do motim. Ele era o "oficial-chefe do velho tempo", que devia ter mantido alguma divergência com o oficial-chefe da época do motim. Seu nome, lamentavelmente, está fraturado no texto, mas sua incitante inventiva é bastante clara:

 

Agora, proclamemos a guerra;

Planejemos as hostilidades e batalhemos.

 

A descrição do motim é tão vívida que nos ocorrem ao espírito cenas da tomada da Bastilha:

 

Os deuses consideraram suas ordens.

Eles lançaram fogo sobre suas ferramentas;

Puseram fogo em seus machados;

Eles perturbaram o deus na mineração dos túneis;

Eles seguraram-[no] enquanto se dirigiam

Ao portão do herói Enlil.

 

O antigo poeta dá vida ao drama e à tensão dos eventos:

 

Era noite, a meio caminho ia o relógio.

Sua casa estava rodeada ­-

Mas o deus, Enlil, não o sabia.

Kalkal [então] observou-o, estava perturbado.

Ele fez deslizar o ferrolho e vigiou...

Kalkal despertou Nusku;

Eles prestaram atenção ao ruído de...

Nusku despertou seu senhor ­ -

Ele tirou-o de seu leito, [dizendo:]

Meu senhor, tua casa está cercada,

A luta veio direta até tuas portas.

 

A primeira reação de Enlil foi pegar em armas contra os amotinados. Mas Nusku, seu chanceler, aconselhou uma assembléia dos deuses:

 

 

Transmite uma mensagem para que Anu desça;

Que Enki seja trazido à tua presença.

Ele transmitiu-a e Anu foi trazido para baixo;

Também Enki foi trazido à sua presença.

Com os grandes Anunnaki presentes,

Enlil ergueu-se... abriu sua boca

E dirigiu-se aos grandes deuses.

 

Tomando o motim como coisa pessoal, Enlil exigiu saber:

 

É contra mim que isto é feito?

Devo me comprometer em hostilidades...?

Que viram meus próprios olhos?

Aquela batalha veio direta até meu portão!

 

Anu sugeriu que devia ser aberto um inquérito. Investido na autoridade de Anu e dos outros comandantes, Nusku foi até aos amotinados sitiantes. "Quem é o instigador da batalha?", perguntou ele. "Quem é o provocador das hostilidades?”

Os Anunnaki mantiveram-se unidos:

 

Cada um de nós, deuses, declarou a guerra!

Nós temos o nosso... nas escavações;

A fadiga excessiva matou-nos,

Nosso trabalho era pesado, muita a angústia.

 

Quando Enlil ouviu o relato destas queixas feitas por Nusku, "suas lágrimas soltaram-se". Ele apresentou um ultimato: ou o chefe dos amotinados era executado ou ele abdicava. "Leva o cargo, retoma o teu poder", disse ele a Anu, "e eu ascenderei aos céus para ti". Mas Anu, que descera dos céus, apoiou os Anunnaki:

 

De que os acusamos nós?

Seu trabalho era pesado, sua angústia muita!

Todos os dias...

O lamento era pesado; nós podíamos ouvir a queixa.

 

 

Encorajado pelas palavras de seu pai, Ea também “abriu sua boca" e repetiu a conclusão de Anu. Mas ele tinha uma conclusão para oferecer: que um lulu, um "trabalhador primitivo", fosse criado!

 

Enquanto está presente a deusa do nascimento,

Que ela crie um trabalhador primitivo;

Que ele suporte o jugo...

Que ele sofra a fadiga dos deuses!

 

A sugestão da criação de um "trabalhador primitivo" que tomaria às suas costas o fardo dos Anunnaki foi rapidamente aceita. Unanimemente, os deuses votaram a criação do "trabalhador". "Homem será o seu nome", disseram eles:

 

Eles intimaram e pediram à deusa,

A parteira dos deuses, a sensata Mami, [e disseram-lhe:]

Tu és a deusa do nascimento, cria trabalhadores!

Gera um trabalhador primitivo,

Para que ele possa suportar o jugo!

Que ele carregue o jugo atribuído por Enlil,

Que o trabalhador suporte a fadiga dos deuses!

 

Mami, a mãe dos deuses, disse que iria precisar da ajuda de Ea, "com quem repousa a capacidade". Na casa de Shimti, um local semelhante a um hospital, os deuses aguardavam. Ea ajudou a preparar a mistura da qual a deusa-mãe passou a idealizar o "homem". Estavam presentes deusas do nascimento. A deusa-mãe continuou seu trabalho enquanto eram recitados encantamentos a todo o instante. Então, ela gritou triunfante:

 

 

Eu criei

Minhas mãos o fizeram!

 

Ela "convocou os Anunnaki, os grandes deuses... ela abriu sua boca, dirigiu-se aos grandes deuses":

 

Vocês me incumbiram de uma tarefa ­ -

Eu a completei...

Eu retirei vosso pesado trabalho

Eu impus vossa fadiga no trabalhador, 'homem’

Vocês lançaram o grito para um gênero - trabalhador:

Eu soltei o jugo,

Eu vos dei liberdade.

 

Os Anunnaki receberam seu anúncio entusiasticamente. "Eles correram em grupo e beijaram-lhe os pés". Daí em diante seria o trabalhador primitivo, o homem, "quem suportaria o jugo".

Os Nefilim, chegando à Terra para fundar suas colônias, criaram uma espécie de escravatura não com escravos importados de outro continente, mas com trabalhadores primitivos idealizados pelos próprios Nefilim.

Um motim de deuses levara à criação do homem.

 

A Criação do Homem

 

A afirmativa, primeiro registrada e transmitida pelos sumérios, de que o "homem" fora criado pelos Nefilim, parece encaixar-se à primeira vista tanto na teoria da evolução, como nos dogmas judaico-cristãos baseados na Bíblia. Mas, de fato, as informações encerradas nos textos sumérios, e apenas essas informações, podem garantir tanto a teoria da evolução, como a veracidade do conto bíblico e mostrar ainda que não há, realmente, nenhum conflito entre as duas.

Na epopéia "Quando os deuses como homens", noutros textos específicos e em referências de passagem, os sumérios descreveram o homem quer como uma criação deliberada dos deuses, quer como um elo na cadeia evolucionária que começou com os eventos celestiais narrados na "Epopéia da Criação”. Defendendo firmemente a crença de que o homem fora precedido por uma era durante a qual apenas os Nefilim estavam na Terra, os textos sumérios registram momento a momento (como no caso do incidente entre Enlil e Ninlil) os acontecimentos que ocorreram "quando o homem não tinha ainda sido criado, quando Nippur era apenas habitada pelos deuses". Ao mesmo tempo, os textos descrevem também a criação da Terra e o desenvolvimento da vida vegetal e animal sobre ela, em termos que se amoldam às teorias evolucionistas correntes.

Os textos sumérios declaram que, quando os Nefilim vieram pela primeira vez à Terra, as artes de cultivo de cereal, de plantação de fruta e de criação de gado ainda não estavam estabelecidas. O relato bíblico coloca, similarmente, a criação do homem no sexto "dia" ou fase do processo evolucionário. O livro do Gênesis, do mesmo modo, faz constar que num prévio estágio evolucionário:

 

Nenhuma planta do campo desbravado estava ainda na terra,

Nenhuma erva que é plantada fora ainda produzida...

E o homem ainda não estava lá para trabalhar o solo.

 

Todos os textos sumérios indicam que os deuses criaram o homem para fazer o trabalho que era deles. A Epopéia da Criação usa palavras proferidas por Marduk para dar a explicação:

 

Eu produzirei um primitivo inferior;

“Homem" será seu nome.

Eu criarei um trabalhador primitivo;

Ele será encarregado do serviço dos deuses,

Para que estes possam ter seu descanso.

 

Os próprios termos pelos quais os sumérios ou acádios chamavam o "homem" revela-nos seu status e finalidade: ele era um lulu ("primitivo"), um lulu amelu ("trabalhador primitivo"), um awilum ("labutador"). A idéia de o homem ter sido criado para ser um servo dos deuses não chocou em nada os povos antigos, como sendo uma idéia peculiar. Nos tempos bíblicos, a deidade era "senhor", "soberano", "rei", "governante", "dono". O termo normalmente traduzido como "adoração" era, de fato, avod ("trabalho"). O homem antigo e bíblico não "adorava" seu deus - trabalhava para ele.

Mal a divindade bíblica, tal como os deuses dos contos sumérios, acabara de criar o homem, logo essa mesma divindade plantou um jardim e designou o homem para ali trabalhar:

 

E o Senhor Deus tomou o “homem"

E colocou-o no Jardim do Éden

Para o arar e por ele velar.

 

Mais adiante, a Bíblia descreve a Deidade "passeando no jardim à brisa do dia", agora que o novo ser criado estava lá para velar pelo Jardim do Éden. A que distância está esta versão dos já citados textos sumérios que descrevem como os deuses exigiam trabalhadores para que eles pudessem descansar e distrair-se?

Nas versões sumérias, a decisão de criar o homem foi adotada pelos deuses em assembléia. Significativamente, o livro do Gênesis, que pressupostamente exalta as realizações de uma única deidade, usa o plural Elohim (literalmente, "deidades") para denotar "deus", e relata uma espantosa observação:

 

E Elohim disse:

Façamos o homem à nossa imagem,

E semelhança.

 

A quem se endereçava a única mas plural deidade e quem eram os "nós" a cuja imagem plural e semelhança plural o homem iria ser feito? O livro do Gênesis não nos fornece a resposta. Depois, quando Adão e Eva comeram o fruto da Árvore da Sabedoria, Elohim emitiu um aviso aos mesmos colegas anônimos: "Observem, o homem tornou-se um de nós, para conhecer o bem e o mal".

Uma vez que a história bíblica da criação, como os outros contos dos primórdios no Gênesis, deriva de raízes sumérias, a resposta é óbvia. Concentrando a multitude de deuses numa só divindade, o conto bíblico não é senão uma versão editada dos relatos sumérios das discussões na assembléia dos deuses.

O Antigo Testamento envidou os melhores esforços para deixar bem claro que o homem nem era um deus nem viera dos céus. "Os céus são os céus do Senhor, ao gênero humano Ele deu a terra." O novo ser foi chamado "o Adão" porque ele fora criado do adama, o sol da terra. Ele era, por outras palavras, o "terráqueo".

À exceção de certo "conhecimento" e de um divino "período de vida", o Adão foi, em todos os outros aspectos, criado à imagem (selem) e semelhança (dmut) do(s) seu(s) criador(es). O uso de ambos os termos nos textos foi propositado para que não restassem dúvidas de que o homem era semelhante ao(s) deus(es) tanto física, como emocionalmente, quer externa, quer internamente.

Em todas as antigas representações pictóricas de deuses e homens é patente esta semelhança física. Embora a admoestação bíblica contra a adoração de imagens pagãs tenha dado origem à noção de que o Deus hebreu não tinha nem imagem nem semelhança, o livro do Gênesis e com ele outros relatos bíblicos atestam o contrário. O Deus dos antigos hebreus devia ser visto face a face, podia-se brigar com ele, ouvi-lo e falar-lhe; tinha cabeça e pés, mãos, dedos e cintura. O Deus bíblico e seus emissários assemelhavam-se a homens e agiam como homens, porque os homens foram criados para se assemelharem com os deuses e como eles agirem.

Mas nesta grande simplicidade reside um grande mistério. Como podia uma nova criatura ser uma virtual réplica física, mental e emocional dos Nefilim? Na verdade, como fora criado o homem?

O mundo ocidental está desde há muito aferrado à noção de que, criado deliberadamente, o homem foi posto sobre a Terra para a submeter e ter domínio sobre todas as outras criaturas. Então, em novembro de 1859, um naturalista inglês de nome Charles Darwin publicou um tratado chamado On the Origin of Species by Means of Natural Setection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life [Sobre a Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural, ou a Preservação das Raças Favorecidas na Luta pela Vida]. Resumindo quase trinta anos de pesquisas, o livro juntava aos pensamentos anteriores sobre a evolução natural o conceito de seleção natural como conseqüência da luta de todas as espécies, tanto da vida vegetal, como da vida animal, pela existência.

O mundo cristão já fora ameaçado em seus alicerces quando, a partir de 1788, notáveis geólogos começaram a exprimir sua crença na grande antiguidade da Terra, muito, muito superior aos aproximados 5.500 anos do calendário hebraico. Nem o conceito de evolução era tão exclusivo como o fato de os estudiosos anteriores terem notado tal processo, e de os eruditos gregos do longínquo século 4 a.C. terem compilado dados sobre a evolução da vida animal e vegetal.

A bomba destruidora de Darwin foi a conclusão de que todas as coisas vivas - incluindo o homem - eram produtos da evolução. O homem, contrariamente à crença até então assumida, não fora gerado espontaneamente.

A reação inicial da Igreja foi violenta. Mas, à medida que vieram à luz os fatos científicos referentes à verdadeira idade da Terra, à genética da evolução e outros estudos biológicos e antropológicos, a disposição crítica da Igreja foi-se alterando. Pareceu, por fim, que as próprias palavras do Antigo Testamento fizeram a versão do Antigo Testamento indefensável; por que, como poderia um Deus, que não tem um corpo físico e que está universalmente só, dizer, "Façamos o homem à nossa imagem e à nossa semelhança"?

Mas, verdadeiramente, seremos nós nada mais que "macacos nus"? Está o macaco apenas a uma razoável distância evolucionária do homem, e é das árvores o animal um humano que apenas terá ainda de perder a cauda e adquirir a posição vertical?

Como mostramos logo no início deste livro, os cientistas modernos chegaram a questionar as teorias simplistas. A evolução pode explicar o curso geral dos acontecimentos que causaram o desenvolvimento da vida e das formas de vida na Terra, desde a mais simples criatura unicelular até o homem. Mas a evolução não pode explicar o aparecimento do Homo sapiens, que ocorreu (virtualmente) do dia para a noite em relação aos milhões de anos que a evolução requer, e sem provas dos estágios anteriores que indicariam uma mudança gradual desde o Homo erectus.

 




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