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Aterrissagem no Planeta Terra 7 страница



O hominídeo do gene Homo é um produto da evolução. Mas o Homo sapiens é o produto de um súbito e revolucionário acontecimento. Ele apareceu inexplicavelmente há cerca de 300.000 anos, milhões de anos antes da época provável.

Os estudiosos não têm explicação para este fato. Mas nós temos. Os textos sumérios e babilônicos têm-na. O Antigo Testamento também.

O Homo sapiens, o homem moderno, foi realizado pelos antigos deuses.

 

Felizmente, os textos mesopotâmicos fornecem uma clara afirmação referente ao tempo em que o homem foi criado. A história do trabalho e conseqüente motim dos Anunnaki informa-nos que “durante 40 períodos eles suportaram o trabalho dia e noite"; os longos anos de sua árdua tarefa eram dramatizados pelos versos repetitivos.

 

Durante 10 períodos eles suportaram a fadiga;

Durante 20 períodos eles suportaram a fadiga;

Durante 30 períodos eles suportaram a fadiga;

Durante 40 períodos eles suportaram a fadiga.

 

O antigo texto usa o termo ma para denotar "período", e muitos estudiosos traduziram-no como "ano". Mas o termo tinha a conotação de "algo que se completa a si próprio e depois se repete". Para os homens na Terra, um ano equivale a uma órbita completa da Terra à volta do Sol. Como já mostramos, a órbita do planeta dos Nefilim equivalia a um shar, ou 3.600 anos terrestres.

Quarenta shars, ou 144.000 anos terrestres, depois de terem aterrissado na Terra, os Anunnaki protestaram, "Basta!". Se os Nefilim aterrissaram, como concluímos, há cerca de 450.000 anos, então a criação do homem teve lugar há 300.000 anos!

Os Nefilim não criaram os mamíferos, nem os primatas, nem os hominídeos. "O Adão" da Bíblia não era o gene Homo, mas o ser que é nosso antecessor, o primeiro Homo sapiens. Foi o homem moderno tal como o conhecemos que os Nefilim criaram.

A chave para a compreensão deste fato crucial reside no conto de um sonolento Enki, despertado para ser informado de que os deuses decidiram formar um adamu e que era sua tarefa encontrar os meios para tal. Ele replicou:

 

A criatura cujo nome vocês proferiram ­–

ELA EXISTE!

 

E ajuntou em seguida: "Apliquem sobre ela", sobre a criatura já existente, "a imagem dos deuses".

Aqui está, então, a resposta para o quebra-cabeça. Os Nefilim não "criaram" o homem do nada; pelo contrário, tomaram uma criatura já existente e manipularam-na, para "aplicar sobre ela" a "imagem dos deuses" .

O homem é o produto da evolução; mas o homem moderno, Homo sapiens, é o produto dos "deuses", uma vez que, em algum lugar há cerca de 300.000 anos, os Nefilim tornaram um homem-macaco (Homo erectus) e implantaram nele sua própria imagem e semelhança.

A evolução e os contos do Oriente Médio sobre a criação do homem não estão de modo algum em conflito. Muito pelo contrário, explicam-se e completam-se mutuamente. Porque, sem a criatividade dos Nefilim, o homem moderno estaria ainda a milhões de anos de distância da sua atual posição na árvore da evolução.

 

Transportemo-nos até o passado e tentemos visualizar as circunstâncias e os acontecimentos tal como eles se desenrolaram.

O grande estágio interglacial, que começou há cerca de 435.000 anos, e seu ameno clima desencadearam uma proliferação de comida e animais. Esse fato acelerou também o aparecimento e a expansão de um avançado macaco semelhante ao homem, o Homo erectus.

Quando os Nefilim os observaram, viram não só os mamíferos predominantes, mas também os primatas e, entre eles, os macacos semelhantes a homens. Não é possível que os bandos deambulantes de Homo erectus tenham se aproximado para ver os objetos faiscantes levantando-se para o céu? Não é possível que os Nefilim tenham observado, encontrado e mesmo capturado alguns destes interessantes primatas?

Vários textos antigos atestam que os Nefilim e os macacos semelhantes a homens se encontraram realmente. Um conto sumério abordando os tempos primordiais afirma:

 

Quando a humanidade foi criada,

Eles não conheciam a alimentação de pão,

Não conheciam o vestuário em vestes talhadas;

Comiam plantas com a boca como carneiros;

Bebiam água de um fosso.

 

Tal ser "humano" de comportamento animal é também descrito na "Epopéia de Gilgamesh". Aquele texto conta o que Enkidu, o "nascido nas estepes", era antes de se tornar civilizado:

 

Hirsuto com cabelo em todo seu corpo,

Ele é dotado de uma cabeça com cabelos como uma mulher...

Não conhece nem povo nem terra;

Tem o porte daqueles que são dos verdes campos;

Como as gazelas, ele alimenta-se de relva;

Com os animais selvagens, ele se acotovela

No lugar do bebedouro;

Com as fervilhantes criaturas na água

Seu coração se delicia.

 

O texto acádio não descreve só o homem-animal. Descreve também um encontro com tal ser:

 

Agora um caçador, um que agarra,

Encarava-o no local do bebedouro.

Quando o caçador o viu,

Sua face ficou imóvel...

Seu coração perturbou-se, toldou-se sua face,

Porque a dor entrara em sua barriga.

 

Houve mais que um mero temor depois de o caçador ter observado o "selvagem", este "bárbaro companheiro das profundidades da estepe", uma vez que este "selvagem" interferiu com os objetivos do caçador:

 

 

Ele encheu os fossos que eu escavara

Ele fez em pedaços as armadilhas que eu colocara;

Os animais e criaturas da estepe

Ele fiz soltar através de minhas mãos.

 

Não podemos pedir melhor descrição de um macaco-homem: cabeludo, hirsuto, um nômade errante que "não conhece nem povo nem terra", vestido de folhas, "como um dos verdes campos", alimentando-se de relva e vivendo entre os animais. Ainda assim ele não estava privado de uma substancial inteligência, uma vez que sabe como reduzir a pedaços as armadilhas e encher os fossos escavados para apanhar os animais. Por outras palavras, protegia seus amigos animais de serem apanhados pelos caçadores estranhos. Muitos selos cilíndricos foram encontrados descrevendo este hirsuto macaco-homem entre seus amigos animais.

 

 

Depois, enfrentando a necessidade de mão-de-obra, resolvidos a conseguir um trabalhador primitivo, os Nefilim descobriram uma solução pronta para ser usada: - domesticar um animal adequado.

O "animal" estava à disposição, mas o Homo erectus apresentou um problema. Por um lado, era demasiado inteligente e selvagem para se tornar simplesmente um dócil animal de trabalho. Por outro lado, não era realmente adequado para a tarefa. Sua estrutura física precisava ser mudada: ele tinha de se tornar capaz de segurar e usar as ferramentas dos Nefilim, andar e inclinar-se como eles para que pudesse substituir os deuses nos campos e nas minas. Precisava de um "cérebro" melhor, não como o dos deuses, mas um suficientemente desenvolvido para compreender a fala, as ordens e as tarefas a ele atribuídas. Ele precisava de suficiente inteligência e compreensão para se tornar um obediente e útil amelu, um servo.

Se, tal como o confirmam as antigas provas e a moderna ciência, a vida na Terra germinou da vida do Décimo Segundo Planeta, então a evolução na Terra devia ter prosseguido como prosseguiu no Décimo Segundo Planeta. Indubitavelmente, houve mutações, variações, acelerações e retardamentos causados por diferentes condições locais, mas os mesmos códigos genéticos, a mesma "química da vida" encontrada em todas as plantas e animais vivos na Terra deveriam ter guiado também o desenvolvimento das formas de vida na Terra na mesma direção geral seguida no Décimo Segundo Planeta.

Observando as várias formas de vida na Terra, os Nefilim e seu cientista­-chefe, Ea, precisaram de pouco tempo para compreender aquilo que se passara. Durante a colisão celeste, seu planeta semeara a Terra com sua vida. Assim sendo, o ser que estava à disposição era realmente semelhante aos Nefilim, embora numa forma menos evoluída.

Um processo gradual de domesticação através de gerações de reprodução e seleção não serviria. Era necessário um processo rápido, algo que permitisse a "produção em massa" dos novos trabalhadores. Assim se colocou o problema a Ea, que viu a resposta de imediato: "imprimir" a imagem dos deuses no ser que já tinha existência.

O processo que Ea recomendou para alcançar um rápido avanço evolucionário do Homo erectus foi, acreditamos nós, a manipulação genética.

Sabemos agora que o complexo processo biológico no qual um organismo vivo se reproduz, criando prole que se assemelha a seus progenitores, torna-se possível pelo código genético. Todos os organismos vivos - um verme, um feto, ou o homem - contêm nos cromossomos celulares corpos diminutos em forma de bastão, que guardam todas as instruções hereditárias para esse organismo particular. Quando a célula masculina (pólen, esperma) fertiliza a célula feminina, os dois conjuntos de cromossomos combinam-se e depois dividem-se para formar novas células que mantêm as completas características hereditárias das células de seus pais.

A inseminação artificial de um óvulo humano feminino é agora possível. O verdadeiro desafio reside no cruzamento entre diferentes famílias dentro da mesma espécie ou entre diferentes espécies. A ciência moderna percorreu um longo caminho desde o desenvolvimento dos primeiros cereais híbridos, do acasalamento de cães do Alasca com lobos, ou da "criação" da mula (o acasalamento artificial de uma égua com um burro), à capacidade de manipular a própria reprodução do homem.

Um processo chamado "reprodução assexuada" (cloning, em inglês, da palavra grega klon - "rebento") aplica aos animais o mesmo princípio que o do corte de uma planta para a reprodução de centenas de plantas similares. A técnica aplicada a animais foi primeiramente demonstrada na Inglaterra, onde o dr. John Gurdon substituiu os núcleos de um ovo fertilizado de sapo pelo material nuclear de outra célula do mesmo sapo. A formação bem-sucedida de sapinhos normais demonstrou que o ovo continuou a desenvolver, subdividir e criar prole não importa de onde tivesse obtido o conjunto correto de cromossomos harmônicos.

Experiências relatadas pelo Instituto da Sociedade, Ética e Ciências da Vida em Hastings-on-Hudson mostram que existem já técnicas para reprodução assexuada de seres humanos. É agora possível tomar o material nuclear de qualquer célula humana (não necessariamente dos órgãos sexuais) e, pela introdução de seus 23 conjuntos de cromossomos completos no óvulo feminino, chegar à concepção e nascimento de um indivíduo "pré-­determinado". Na concepção normal, os conjuntos de cromossomos "pai" e "mãe" emergem e depois têm de se dividir para permanecerem em 23 pares de cromossomos, levando a combinações de acaso. Mas na reprodução assexuada os rebentos são uma réplica exata da fonte do conjunto intacto de cromossomos. Possuímos já, escreveu o dr. W. Gaylin no The New York Times, o "formidável conhecimento para fazer cópias exatas de seres humanos", um número sem limite de Hitlers, Mozarts ou Einteins (se tivéssemos preservado seus núcleos celulares).

Mas a arte da engenharia genética não se limita a um único processo. Pesquisadores em muitos países aperfeiçoaram um processo chamado “fusão de células", que torna possível fundir células em vez de combinar cromossomos dentro de uma única célula. Como resultado de tal processo, células de diferentes fontes podem ser fundidas numa única "super-célula", tendo em seu interior dois núcleos e um conjunto duplo dos cromossomos emparelhados. Quando esta célula se divide, a mistura de núcleos e cromossomos pode dividir-se num padrão diferente daquele de cada célula antes da fusão. Como resultado podem surgir duas células novas, cada uma geneticamente completa, mas cada qual com um conjunto completamente novo de códigos genéticos, totalmente adulterado no que se refere às células dos antecessores.

Isto significa que células de organismos até aqui incompatíveis - digamos, de uma galinha e de um rato - podem ser fundidas para formar novas células com misturas genéticas completamente novas, que produzem novos animais que não são nem galinhas nem ratos, tal como nós os conhecemos. Posteriormente aprimorado, o processo pode também permitir-nos selecionar quais traços de uma forma de vida devem ser comunicados à célula combinada ou "fundida".

Isto levou ao desenvolvimento do largo campo do "transplante genético". É agora possível colher de certa bactéria um único gene numa célula animal ou humana, fornecendo à prole daí derivada uma característica adicional.

 

Devíamos julgar que os Nefilim - sendo capazes de viagens espaciais há 450.000 anos - eram também igualmente avançados, tendo-nos por comparação, no campo das ciências da vida. Devíamos julgar também que eles tinham consciência das várias alternativas pelas quais dois conjuntos de cromossomos pré-selecionados podiam ser combinados para obter um resultado genético predeterminado, e que, se o processo era semelhante à reprodução assexuada, à fusão de células, ao transplante genético ou aos métodos até agora desconhecidos para nós, eles conheciam estes processos e podiam realizá-los não só em frascos de laboratório, mas também com organismos vivos.

Encontramos uma referência a uma mistura de duas fontes-de-vida nos textos antigos. De acordo com Berossus, a deidade Belus ("senhor") ­também chamado Deus - produziu vários "seres hediondos, que foram produzidos de um princípio duplo":

 

O homem apareceu com duas asas, alguns com quatro e duas faces. Eles tinham apenas um corpo, mas duas cabeças, uma de homem e outra de mulher. Tanto o macho como a fêmea eram semelhantes em vários órgãos.

Podiam ser vistas outras figuras humanas com as pernas e os chifres dos bodes. Alguns tinham pés de cavalo, mas à frente eram como os homens, assemelhando-se a hipocentauros. Do mesmo modo, cresciam aí touros com cabeças de homens e cães com corpos desdobrados em quatro e caudas de peixe. E também cavalos com cabeças de cães, homens também e outros animais com as cabeças e corpos de cavalos e as caudas de peixes. Para ser breve, havia criaturas com os membros de todas as espécies de animais...

Foram preservados esboços de todos eles no templo de Belus, na Babilônia.

 

Os espantosos detalhes do conto podem conter uma importante verdade. É bastante provável que antes de ter recorrido à criação de um ser à sua própria imagem, os Nefilim tentassem chegar ao "serviçal manufaturado" experimentando outras alternativas: a criação de um híbrido macaco-­homem-animal. Algumas destas criaturas artificiais podem ter sobrevivido por um momento, mas foram certamente incapazes de se reproduzir. Os enigmáticos homens-touro e homens-leão (esfinges) que adornam os locais dos templos no antigo Oriente Médio podem não ter sido apenas ficções da imaginação de um artista, mas criaturas reais que saíram dos laboratórios biológicos dos Nefilim - experiências malsucedidas comemoradas na arte e em estátuas.

 

 

Os textos sumérios falam também de seres humanos deformados criados por Enki e pela deusa-mãe (Ninhursag) durante suas tentativas em idealizar um perfeito trabalhador primitivo. Um texto declara que Ninhursag, cuja tarefa era "aplicar sobre a mistura o molde dos deuses", se embriagou e "chamou Enki".

 

Quão bom ou quão mau é o corpo do homem?

Como meu coração me incita,

Eu posso fazer seu destino bom ou mau.

 

Perniciosamente, então, de acordo com este texto - mas provavelmente, inevitavelmente como parte do processo experimental -, Ninhursag produziu um homem que não podia reter sua urina, uma mulher que não podia dar à luz, um ser que não tinha nem órgãos femininos nem órgãos masculinos. Ao todo, foram dados à luz por Ninhursag seis humanos deficientes ou deformados. Enki foi responsabilizado pela criação imperfeita de um homem de olhos doentes, mãos que tremiam, fígado doente e um coração fraco, e de um segundo com doenças que acompanhavam a velhice, e assim por diante.

Mas, finalmente, alcançou-se o homem perfeito, aquele a que Enki chamou Adapa, a Bíblia, Adão, e nossos estudiosos, Homo sapiens. Este ser era tão semelhante aos deuses que um texto chegou a ponto de salientar que a deusa-mãe deu à sua criatura, homem, "uma pele como a pele de um deus", um corpo suave e sem cabelo, bastante diferente do hirsuto macaco-homem.

Com este produto final, os Nefilim eram geneticamente compatíveis com as filhas do homem e capazes de casar com elas e delas ter filhos. Mas esta compatibilidade apenas podia existir se o homem se tivesse desenvolvido a partir da mesma "semente de vida" que os Nefilim. Isto, de fato, é o que os antigos textos atestam.

O homem, no conceito mesopotâmico, assim como no bíblico, foi feito de uma mistura de um elemento divino - um sangue de deus ou sua “essência" - e o "barro" da terra. De fato, o próprio termo lulu para "homem", enquanto convenção do sentido de "primitivo", significava literalmente "um que foi misturado". Convocada para idealizar um homem, a deusa-mãe “lavou as mãos, cortou a argila com a ponta dos dedos, misturou-a na estepe". (É fascinante notar aqui as precauções sanitárias tomadas pela deusa. Ela "lavou as mãos". Encontramos também estas medidas clínicas e tais procedimentos noutros textos da criação.)

O uso da "argila" terrena misturada com o "sangue" divino para criar o protótipo do homem é firmemente declarado pelos textos mesopotâmicos. Um, relatando como Enki fora convocado para "realizar um grande trabalho de Sabedoria" - de aptidão e competência científicas -, afirma que Enki não viu grande problema em realizar a tarefa de criar serviçais para os deuses". "Isso pode ser feito!" anunciou ele. E depois deu à deusa-­mãe estas instruções:

 

Mistura a um âmago a argila

Do alicerce da terra,

Logo abaixo do Abzu ­

E molda-o na forma de um coração.

Eu tomarei as providências conhecendo jovens deuses,

Que darão ao barro as condições corretas.

 

O capítulo II do Gênesis oferece esta versão técnica:

 

 

E Javé, Elohim, idealizou o Adão

Do barro do solo;

E Ele soprou em suas narinas o hálito da vida,

E o Adão tornou-se uma alma viva.

 

O termo hebraico comumente traduzido como "alma" é nephesh, aquele inapreensível espírito que anima uma criatura viva e, aparentemente, a abandona quando ela morre. Sem nenhuma coincidência, o Pentateuco (os primeiros cinco livros do Antigo Testamento) exorta repetidamente contra o derrame de sangue humano e a ingestão de sangue animal "porque o sangue é o nephesh". As versões bíblicas da criação do homem equiparam, assim, nephesh ("espírito", "alma") e sangue.

O Antigo Testamento oferece outra pista que sugere o papel do sangue na criação do homem. O termo adama (segundo o qual foi cunhado o nome Adão) significava originalmente não apenas qualquer terra ou solo, mas muito especificamente o solo vermelho-escuro. Tal como a palavra acádia paralela adamatu ("terra vermelho-escura"), o termo hebraico adama e o nome hebraico para a cor vermelha (adom) derivam das palavras para sangue: adamu, dam. Quando o livro do Gênesis dá nome ao ser criado por Deus - "o Adão" -, emprega um jogo lingüístico de significados duplos predileto dos sumérios. "O Adão" podia significar "aquele que é da Terra" (terráqueo), "aquele feito de solo vermelho-escuro" e "o feito de sangue".

A mesma relação entre o elemento essencial das criaturas novas e o sangue está patente nas narrações mesopotâmicas da criação do homem. A casa, semelhante a um hospital, para onde Ea e a deusa-mãe se dirigiram para produzir o homem chamava-se Casa de Shimti. Muitos estudiosos traduzem como "a casa onde são determinados os destinos". Mas o termo shimti deriva, sem dúvida e claramente, do termo sumério SHI.IM.TI, que, tomado sílaba por sílaba, significa "alento-vento-vida". Bit shimti significava, literalmente, "a casa onde o vento da vida é soprado". Isto é virtualmente idêntico à declaração bíblica.

Na verdade, a palavra acádia usada na Mesopotâmia para traduzir o sumério SHI.IM.TI era napishtu - o paralelo exato para o termo bíblico nephesh. E nephesh ou napishtu era "alguma coisa" no sangue.

Enquanto o Antigo Testamento apenas oferecia magras pistas, os textos mesopotâmicos eram bastante explícitos acerca do assunto. Eles afirmam não só que o sangue era necessário para a mistura da qual foi idealizado o homem, como especificam também que tinha de ser sangue de um deus, um sangue divino.

Quando os deuses decidiram criar o homem, seu chefe anunciou: "Sangue eu juntarei, trarei ossos à vida". "Que os primitivos sejam criados segundo seu padrão", disse Ea, sugerindo que o sangue devia ser tirado de um deus específico. Selecionando o deus:

 

Do seu sangue eles criaram o gênero humano

Impuseram a eles o serviço, deixaram livres os deuses...

Era um trabalho para além da compreensão.

 

De acordo com o conto épico “Quando os deuses como homens", os deuses chamaram então a deusa do nascimento (a deusa-mãe, Ninhursag) e pediram-lhe que realizasse a tarefa:

 

Enquanto a Deusa do Nascimento está presente,

Que a Deusa do Nascimento crie a prole.

Enquanto a mãe dos deuses está presente,

Que a Deusa do Nascimento crie um Lulu;

Que o trabalhador suporte a fadiga dos deuses.

Que ela crie um Lulu Amelu,

Que ele suporte o jugo.

 

Num texto paralelo da velha Babilônia, chamado "Criação do Homem pela Deusa-Mãe", os deuses convocam "a parteira dos deuses, a sábia Mami" e dizem-lhe:

 

Tu és o vento materno,

Aquela que pode criar o gênero humano.

Cria então Lulu, que ele suporte o jugo!

 

Neste ponto, o texto "Quando os deuses como homens" e outros textos paralelos voltam-se para uma descrição detalhada da real criação do homem. Aceitando o "serviço" a deusa (aqui chamada NINTI - "senhora que dá vida") fez algumas exigências, incluindo certos produtos químicos ("betumes do Abzu") para serem usados para "purificação" e "o barro do Abzu".

Ea não teve nenhum problema em perceber o que eram esses materiais. Aceitando, ele disse:

 

Eu prepararei um banho purificador.

Que seja sangrado um deus...

Com, sua carne e sangue,

Que Ninti misture o barro.

 

Para modelar um homem a partir da argila misturada foi também necessária assistência feminina, a gravidez e certas fases de gestação. Enki ofereceu os serviços de sua própria esposa:

 

Ninki, minha deusa-esposa,

Será quem terá o trabalho.

Sete deusas do nascimento

Estarão perto para lhe assistir.

 

Seguindo a mistura de "sangue" e "barro", a fase de gestação completaria a dádiva de uma "impressão" divina à criatura.

 

O destino do recém-nascido tu proferirás;

Ninki fixará sobre ele a imagem de deus;

E o que ele será é “homem”

 

Representações em selos assírios podem ter pretendido ilustrar estes textos, mostrando como a deusa-mãe (seu símbolo era o cortador do cordão umbilical) e Ea (cujo símbolo original era o crescente) preparando as misturas, recitando os encantamentos, apressando-se um ao outro para prosseguirem.

 

 

 

O envolvimento da esposa de Enki, Ninki, na criação do primeiro espécime de homem bem-sucedido faz-nos recordar o conto de Adapa, que discutimos já no capítulo anterior:

 

Nesses dias, nesses anos,

O sensato de Eridu, Ea,

Criou-o como um modelo de homens.

Os estudiosos conjeturavam que as referências a Adapa como um "filho" de Ea implicavam que o deus amava tanto este humano que o adotou. Mas, no mesmo texto, Anu refere-se a Adapa como o "rebento humano de Enki". Parece que o envolvimento da esposa de Enki no processo de criação de Adapa, o "modelo Adão", criou alguma relação genealógica entre o novo homem e seu deus. Era Ninki quem estava grávida de Adapa!

 




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