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Os Nefilim - Povo dos Foguetes Faiscantes 15 страница



Esforçando-se por dar um sentido a esta avalanche de textos, e especialmente em identificar corretamente os planetas de nosso sistema solar, uma série de estudiosos chegou a intrigantes resultados. Como sabemos agora, seus esforços estavam condenados ao fracasso porque consideraram, erradamente, que os sumérios e seus sucessores desconheciam que o sistema solar era heliocêntrico, que a Terra não era senão um entre vários outros planetas e que existiam mais planetas para além de Saturno.

Ignorando a possibilidade de certos nomes nas listas de estrelas poderem ter sido aplicados à própria Terra, e procurando aplicar o grande número de outros nomes e epítetos apenas aos cinco planetas que julgavam ser os únicos conhecidos pelos sumérios, os estudiosos chegaram a conflituosas conclusões. Alguns sugeriram até que a confusão não era deles, mas sim dos caldeus. Por alguma razão desconhecida, diziam eles, os caldeus agitaram-se à volta dos nomes dos cinco planetas "conhecidos".

Os sumérios referem-se a todos os corpos celestiais (planetas, estrelas ou constelações) por MUL ("quem brilha nas alturas"). O termo acádio kakkab era, do mesmo modo, aplicado pelos babilônios e assírios como o termo geral para designar qualquer corpo celeste. Esta prática continuou a frustrar os estudiosos, que procuravam decodificar os antigos textos astronômicos. Mas alguns mul's, denominados LU.BAD, designavam claramente planetas de nosso sistema solar.

Sabendo que o nome grego para os planetas era "vagabundos", os eruditos leram em LU.BAD "carneiros vagabundos", derivando de LU. ("Aqueles que são guardados pelo pastor") e de BAD ("alto e longínquo"). Mas agora que mostramos que os sumérios tinham plena consciência da verdadeira natureza do sistema solar, os outros significados do termo bad ("os vetustos", "a fundação", "aquele onde está a morte") assumem uma significação direta.

Estes epítetos são apropriados para o Sol e segue-se que, por lubad, os sumérios entendiam não só "carneiros vagabundos", mas também "carneiros" guardados pelo pastor Sol - os planetas do nosso Sol.

A localização e a relação dos lubad entre si e com o Sol eram descritas em muitos textos astronômicos mesopotâmicos. Havia referências aos planetas situados "acima" e aos situados "abaixo", e Kugler imaginou corretamente que o ponto de referência era a própria Terra.

Mas, em sua maior parte, as composições dos textos astronômicos, falavam dos planetas como MUL.MUL, um termo que fez os estudiosos usarem a imaginação. Na ausência de uma melhor solução, a maior parte dos estudiosos concordaram em que o termo designava as Plêiades, um conglomerado de estrelas na constelação zodiacal do Touro, através do qual passava o eixo do equinócio da primavera (visto da Babilônia) cerca do ano 2.200 a.C. Os textos mesopotâmicos indicavam freqüentemente que o mulmul incluía sete LU.MASH (sete "vagabundos que são familiares"), e os eruditos julgaram que estes eram os mais brilhantes componentes das Plêiades, que podem até ser vistos a olho nu. O fato de que, dependendo da classificação, o grupo tem seis ou nove estrelas de grande magnitude, e não sete, colocou um problema; mas ele foi posto de lado pela falta de melhores sugestões acerca do significado de mulmul.

Franz Kugler (Sternkunde und Stemdienst in Babel) aceitou relutantemente as Plêiades como solução, mas exprimiu sua surpresa ao encontrar nos textos mesopotâmicos, sem nenhuma ambigüidade, a indicação de que mulmul incluía não só os "vagabundos" (planetas), mas também o Sol e a Lua - o que torna impossível a aceitação da idéia das Plêiades. Ele deparou com textos que afirmam claramente que "mulmul ul-shu 12" ("mulmul é uma faixa de doze"), dos quais dez formam um grupo distinto.

Nossa sugestão é que o termo mulmul se referia ao sistema solar, usando a repetição (MUL.MUL) para indicar o grupo como um todo, como "o corpo celeste compreendendo todos os corpos celestes".

Charles Virolleaud (L’Astrologie Chaldéenne) [À Astrologia Caldéia] fez a transliteração de um texto mesopotâmico (K.3558) que descreve os membros do mulmul ou grupo kakkabu/kakkabu. As últimas linhas do texto são explícitas:

 

Kakkabu!kakkabu.

O número dos seus corpos celestes é doze.

Doze as estações dos seus corpos celestes.

Os meses completos da Lua são doze.

 

O texto não deixa dúvidas: o mulmul - o nosso sistema solar - era constituído por doze membros. Talvez que isto não devesse constituir surpresa, uma vez que o estudioso grego Diodoro, explicando as três “vias" dos caldeus e a conseqüente listagem de 36 corpos celestes, afirmou que "desses deuses celestiais, doze sustinham uma grande autoridade; a cada um destes os caldeus associam um mês e um signo do zodíaco".

Ernst Weidner (Der Tierkreis und die Wege am Himmel) [O Zodíaco e os Caminhos no Céu] relata que, além da Via de Anu e de suas doze constelações zodiacais, alguns textos se referem também à "via do Sol", constituída também por doze corpos celestes: o Sol, a Lua e outros dez. A linha 20 da assim chamada barra TE afirmava: “naphar 12 sheremesh ha.la sha kakkab.lu sha Sin u Shamash ina libbi ittiqu”, o que significa, "ao todo, doze membros aos quais pertencem a Lua e o Sol, onde os planetas orbitam”.

Podemos agora entender o significado do número doze no Mundo Antigo. O grande círculo dos deuses sumérios e, depois deles, os deuses olímpicos consistiam exatamente em doze membros. Os deuses mais jovens apenas podiam juntar-se a este círculo se os mais velhos se retirassem. De modo semelhante, qualquer vaga tinha de ser preenchida para manter o divino número de doze. O principal círculo celestial, a via do Sol com seus doze membros, estabelece o padrão, de acordo com o qual cada outra faixa celestial foi dividida em doze segmentos ou a ela se atribuíram doze corpos celestes principais. Do mesmo modo, havia doze meses num ano, doze horas duplas em cada dia. A cada divisão da Suméria se associavam doze corpos celestes como medida de boa sorte.

Muitos textos, como, por exemplo, o de S. Langdon (Babylonian Menologies and the Semitic Calendar) [Menologias Babilônicas e Calendários Semitas], mostram que a divisão do ano em doze meses era, desde seus primórdios, relacionada com os doze grandes deuses. Fritz Hommel (Die Astronomie der alten Chaldäer) [A Astronomia dos Antigos Caldeus] e outros, depois dele, mostraram que os doze meses estavam intimamente relacionados com os doze signos zodiacais e que ambos derivaram de doze corpos celestes principais. Charles F. Jean (Lexicologie Sumerienne) [Lexicologia Suméria] reproduz uma lista suméria de 24 corpos celestes emparelhando doze constelações zodiacais com doze membros do nosso sistema solar.

Num longo texto, identificado por F. Thureau-Dangin (Ritueles Accadiens) [Rituais Acádios] como um programa de templo para o Festival de Ano-Novo na Babilônia, as provas da consagração do doze como o fenômeno celeste central são persuasivas. O grande templo, o Esagila, tinha doze portões. Os poderes de todos os deuses celestes eram investidos em Marduk pela récita, doze vezes pedida, da declaração "Meu Senhor, não é Ele o meu senhor". Depois, era invocada a misericórdia do deus doze vezes, e a de sua esposa doze vezes também. O total de 24 era então conjugado com as doze constelações zodiacais e os doze membros do sistema solar.

Uma pedra fronteiriça, gravada com os símbolos dos corpos celestes por um rei de Susa, descreve aqueles 24 signos: os doze familiares signos do zodíaco e os símbolos que representam os doze membros do sistema solar. Estes eram os doze deuses astrais da Mesopotâmia, assim como dos povos hurrita, hitita, grego, e todos os outros antigos panteões.

 

 

Embora nosso número de base natural seja o número dez, o número doze penetrou em todos os assuntos celestes e divinos, muito depois dos sumérios terem desaparecido. Havia doze Titãs gregos, doze tribos de Israel, doze partes da couraça mágica do alto sacerdote israelita. O poder deste doze celeste transportou-se até os doze apóstolos de Jesus, e mesmo em nosso sistema decimal nós contamos de um a doze, e apenas depois do doze, regressamos ao "dez e três" (treze), "dez e quatro", e assim por diante.

De onde proveio este poderoso e decisivo número doze? Dos céus.

Uma vez que o sistema solar - o mulmul - incluía, também, além de todos os planetas por nós conhecidos, o planeta de Anu, aquele cujo símbolo - um radioso corpo celeste - representava na escrita suméria o deus Anu e "divino". "O kakkab do cetro supremo é aquele dos carneiros em mulmul", explicava um texto astronômico. E quando Marduk usurpou a supremacia e repôs Anu como o deus associado a este planeta, os babilônios disseram: "O planeta Marduk aparece dentro do mulmul".

Comunicando à humanidade a verdadeira natureza da terra e dos céus, os Nefilim informaram os antigos astrônomos-sacerdotes não apenas acerca dos planetas para além de Saturno, como também da existência do mais importante planeta, aquele de onde eles provinham: O DÉCIMO SEGUNDO PLANETA.

 

A Epopéia da Criação

Na grande maioria dos antigos selos cilíndricos até hoje encontrados, os símbolos que substituem certos corpos celestes, membros do nosso sistema solar, aparecem sobre as figuras de deuses ou humanos.

Um selo acádio do 3º. milênio a.C., agora na posse do Departamento Pré-Asiático do Museu de Estado de Berlim Oriental (com o número de catálogo VA/243), desvia-se da maneira habitual de representação dos corpos celestes. Não os mostra individualmente, mas antes como um grupo de sete globos rodeando uma grande estrela raiada. Trata-se nitidamente da descrição do sistema solar tal como era conhecido pelos sumérios - um sistema consistindo em doze corpos celestiais.

 

 

Normalmente, representa-se esquematicamente nosso sistema solar por uma linha de planetas estendendo-se a partir do Sol em distâncias progressivamente maiores. Mas se nós representarmos os planetas não num eixo, mas um a seguir ao outro num círculo (sendo o mais próximo, Mercúrio, o primeiro, depois Vênus, em seguida a Terra, e assim por diante), o resultado seria algo semelhante na figura abaixo. (Todos os desenhos são esquemáticos e não em escala; as órbitas planetárias nos desenhos que se seguem são mais circulares do que elípticas para facilidade de apresentação.)

 

Se lançarmos agora um segundo olhar para uma ampliação do sistema solar gravada no selo cilíndrico VA/243, veremos que os "pontos" que rodeiam a estrela são, na verdade, globos cujos tamanhos e ordem se adaptam ao do sistema solar representado na figura anterior. O diminuto Mercúrio é seguido de um Vênus maior. A Terra, do mesmo tamanho que Vênus, é acompanhada pela pequena Lua. Prosseguindo na direção anti-horária, Marte é corretamente mostrado menor que a Terra, mas maior que a Lua ou Mercúrio.

 

 

A antiga representação mostra, depois, o planeta desconhecido por nós - consideravelmente maior que a Terra, mas menor que Júpiter e Saturno, que claramente o seguem. Mais distante; outro par se ajusta perfeitamente ao nosso Urano e Netuno. Finalmente, aparece o minúsculo Plutão, mas não no local onde agora o colocamos (depois de Netuno); em vez disso, aparece situado entre Saturno e Urano.

Tratando a Lua como um autêntico corpo celeste, a representação suméria dá conta completa de todos os planetas nossos conhecidos, coloca­-os na ordem correta (à exceção de Plutão) e mostra-os por tamanho.

No entanto, esta representação com 4.500 anos insiste também em que havia, ou houvera, outro planeta principal entre Marte e Júpiter. Este é, como veremos, o Décimo Segundo Planeta, o planeta dos Nefilim.

Se este mapa celeste sumério fosse descoberto e estudado há dois séculos, os astrônomos julgariam que os sumérios tinham uma total falta de informação e imaginavam loucamente a existência de outros planetas para além de Saturno. Hoje em dia, no entanto, sabemos que Urano, Netuno e Plutão estão realmente lá. Será que os sumérios imaginaram as outras discrepâncias, ou estariam eles corretamente informados pelos Nefilim de que a Lua era um membro do sistema solar por direito próprio, de que Plutão estava situado perto de Saturno e de que havia um Décimo Segundo Planeta entre Marte e Júpiter?

A teoria persistentemente defendida de que a Lua não era mais que uma "gelada bola de golfe" não foi abandonada senão quando as missões norte­-americanas Apolo à Lua chegaram a uma feliz conclusão. As melhores sugestões alvitravam que a Lua era um pedaço de matéria que se separara da Terra quando esta estava ainda em fusão e tinha plasticidade. Sem o impacto de milhões de meteoritos que deixaram crateras na face da Lua, este satélite seria um pedaço de matéria, inerte e sem relevo, que solidificara e para sempre seguiria a Terra.

Observações efetuadas por satélites não tripulados começavam, entretanto, a pôr em dúvida estas velhas crenças. Determinou-se que a composição química e mineral da Lua era suficientemente diferente da composição química da Terra, o que podia desafiar a teoria da "separação". As experiências conduzidas na Lua pelos astronautas americanos e o estudo e a análise das amostras de solo e rocha lunares que trouxeram consigo estabeleceram, sem margem para dúvidas, que a Lua, apesar de ser hoje estéril, foi outrora um "planeta vivo". Tal como a Terra, a Lua possui um solo em camadas, o que significa que solidificou desde sua própria idade original de fusão. Tal como a Terra, gera calor, mas, enquanto o calor da Terra provém de seus materiais radioativos "cozidos" dentro da Terra sob uma enormíssima pressão, o calor da Lua, aparentemente, tem sua origem em camadas de materiais radioativos situados muito próximos da superfície. Estes materiais, no entanto, são demasiado pesados para terem flutuado. Então, o que os depositou próximo da superfície lunar?

O campo de gravidade da Lua parece ser bastante irregular, como se enormes pedaços de matéria pesada (tal como o ferro) não tivessem penetrado até o seu núcleo de forma igual, mas se tivessem espalhado ao acaso pela superfície. Por que processo ou força, podemos perguntar? Há provas que afirmam que as antigas rochas da Lua eram magnetizadas. Há também provas de que os campos magnéticos foram mudados ou invertidos. Terá sido por algum desconhecido processo interno, ou por uma influência exterior indeterminada?

Os astronautas da Apolo 16 encontraram na Lua rochas (chamadas brechas) que resultam dos estilhaços de rocha sólida de novo soldada por um súbito e enorme calor. Quando e como se despedaçaram e voltaram a se fundir essas rochas? Outros materiais da superfície lunar são ricos em fósforo e potássio radioativos raros, materiais que na Terra se encontram apenas a grandes profundidades.

Conjugando todos estes achados, os cientistas têm agora a certeza de que a Lua e a Terra, formadas quase pelos mesmos elementos por volta da mesma época, evoluíram como corpos celestes separados. Na opinião dos cientistas da NASA, a Lua evoluiu "normalmente" durante seus primeiros 500 milhões de anos. Depois, dizem eles (citado no jornal norte-americano The New York Times):

 

O período de maiores cataclismos ocorreu há 4 bilhões de anos, quando corpos celestes do tamanho de grandes cidades e pequenas províncias vieram colidir com a Lua formando as extensas bacias e as altaneiras montanhas.

As enormes quantidades de matérias radioativas deixadas pelas colisões começaram a aquecer a rocha por debaixo da superfície, fundindo quantidades maciças desses materiais e forçando os mares de lava a entrar para as crateras da superfície.

A Apolo 15 encontrou uma queda de rochedos na cratera Tsiolovsky seis vezes maior que qualquer queda de rochas na Terra. A Apolo 16 descobriu que a colisão que criara o mar do Néctar depositara também detritos num raio superior a 1.500 quilômetros.

A Apolo 17 alunissou próximo de uma escarpa oito vezes mais alta que qualquer uma na Terra, o que significa que foi formada por um abalo sísmico lunar oito vezes mais violento que qualquer outro na história da Terra.

 

As convulsões que se seguiram a este evento cósmico continuaram durante 800 milhões de anos para que a composição da Lua e sua superfície adquirissem sua forma gelada há cerca de 3,2 bilhões de anos.

Os sumérios, então, tinham razão em representar a Lua como um corpo celeste por direito próprio. E, como em breve veremos, deixaram-nos também um texto que explica e descreve a catástrofe cósmica a que se referem os peritos da NASA.

O planeta Plutão foi cognominado "o enigma". Enquanto as órbitas à volta do Sol executadas pelos outros planetas se afastam apenas um pouco de ser um círculo perfeito, o desvio ("excentricidade") de Plutão é tal, que ele descreve a mais extensa e elíptica órbita à volta do Sol. Enquanto os outros planetas orbitam o Sol mais ou menos dentro do mesmo plano, Plutão está fora de ordem por uns largos 17º. Devido a estes dois padrões pouco usuais de sua órbita, Plutão é o único planeta que atravessa a órbita de outro planeta, Netuno.

Pelo tamanho, Plutão está, na realidade, na classe dos "satélites". Seu diâmetro, 5.800 quilômetros, não é muito maior que o de Tritão, um satélite de Netuno, ou o de Titã, um dos dez satélites de Saturno. Devido às suas características pouco comuns, sugeriu-se que esta "inadaptação" poderia ter iniciado sua vida celeste como um satélite que, de uma forma ou de outra, escapou ao seu senhor e passou a orbitar o Sol por si próprio.

Como veremos em breve, foi isto o que realmente aconteceu, de acordo com os textos sumérios.

E atingimos agora o clímax da busca de respostas para os primeiros eventos celestes: a existência do Décimo Segundo Planeta. Por mais espantoso que isto possa parecer, o fato é que os astrônomos têm procurado as provas que demonstrem que, na realidade, tal planeta existiu outrora entre Marte e Júpiter.

Já próximo do fim do século 18, mesmo antes de Netuno ter sido descoberto, vários astrônomos demonstraram que “os planetas estavam colocados a certas distâncias do Sol de acordo com alguma lei definida". A sugestão, que veio a ser conhecida como a Lei do Presságio, convenceu os astrônomos de que o planeta devia ter girado num local onde até agora se desconhecia a existência de qualquer corpo celeste - ou seja, entre as órbitas de Marte e Júpiter.

Instigados por estes cálculos matemáticos, os astrônomos começaram a esquadrinhar os céus na zona indicada para o "planeta desaparecido". No primeiro dia do século 19, o astrônomo italiano Giuseppe Piazzi descobriu, na exata distância indicada, um diminuto planeta (780 quilômetros de largura), a que chamou Ceres. Por volta de 1804, o número de asteróides ("pequenos planetas") encontrados elevou-se para quatro. Até o presente, foram contados quase 3.000 asteróides orbitando o Sol, no chamado Cinturão de Asteróides. Sem margem de dúvidas, trata-se aqui dos fragmentos de um planeta que foi reduzido a pedaços. Os astrônomos russos chamaram-lhe Phayton ("Carro Triunfal").

Entretanto, se os astrônomos estão seguros da existência de tal planeta, são incapazes de explicar seu desaparecimento. Teria o planeta explodido por si próprio? Mas, neste caso, seus fragmentos voariam em todas as direções e nunca se concentrariam num único cinturão. Se uma colisão despedaçasse o planeta desaparecido, onde estaria o corpo celeste responsável pela colisão? Ter-se-á ele também despedaçado? Mas os destroços circundando o Sol, quando reunidos, são insuficientes até para formar um só planeta completo, quanto mais dois. Do mesmo modo, se os asteróides englobavam os fragmentos de dois planetas, deveriam ter mantido a rotação axial de dois planetas. Mas todos os asteróides têm uma única rotação axial, o que indica que vieram todos de um único corpo celeste. Como se despedaçou então o planeta desaparecido, e o que o terá despedaçado?

As respostas para estes quebra-cabeças nos foram legadas pela Antiguidade.

 

Há cerca de um século, a decifração dos textos encontrados na Mesopotâmia transformou-se inesperadamente na compreensão que lá mesmo, na Mesopotâmia, existiam textos que não só constituíam um paralelo, como também precediam algumas partes das Sagradas Escrituras. Die Kielschriften und das alte Testament [Os Escritos à Pena e o Antigo Testamento], escrito por Eberhard Schräder em 1872, deu origem a uma avalanche de livros, artigos, conferências e debates que duraram metade de um século. Houve, nos dias remotos, um elo entre a Babilônia e a Bíblia? Uma comparação entre as capitulares afirmam-no ou denunciam-no provocantemente: BABEL e BIBEL.

Entre os textos descobertos por Henry Layard nas ruínas da biblioteca de Assurbanipal em Nínive havia um que contava a lenda da criação de modo não diferente daquele usado no livro do Gênesis. As barras partidas, reunidas e publicadas pela primeira vez por George Smith, em 1876 (The Chaldean Genesis) [A Gênese Caldéia], estabelecem bastante definidamente que aí existiu, na verdade, um texto acádio, escrito no dialeto babilônico antigo, que narra como certa divindade criou o céu e a terra e tudo o que existe sobre a terra, incluindo o homem.

Existe agora uma vasta literatura que compara o texto mesopotâmico com a narrativa bíblica. O trabalho da deidade babilônica foi executado, senão em seis "dias", então no curto espaço de tempo de seis barras. Paralelamente ao bíblico sétimo dia de descanso e distração de Deus do seu trabalho manual, a epopéia mesopotâmica dedica uma sétima barra à exaltação da divindade babilônica e de suas realizações. Adequadamente, L.W. King dá ao seu autorizado texto acerca do assunto o nome de The Seven Tablets of Creation [As Sete Barras da Criação].

Agora chamado "A Epopéia da Criação", o texto era conhecido na Antiguidade por suas palavras de abertura, Enuma Elish ("Quando nas alturas"). O conto bíblico da criação começa com a criação dos céus e da terra; o texto da Mesopotâmia é uma verdadeira cosmogonia, abordando importantes acontecimentos e transportando-nos até o princípio dos tempos:

 

Enuma elish la nabu shamamu.

Quando nas alturas o céu não fora nomeado.

Shaplitu ammatum shuma la zakrat.

E embaixo, solo firme [terra] não fora chamado.

 

Foi nessa altura, diz-nos a epopéia, que dois primitivos corpos celestes deram à luz uma série de "deuses" celestiais. À medida que o número de seres celestiais aumentava, começaram a fazer grande barulho e agitação perturbando o Pai Primevo. O seu fiel mensageiro fez-lhe ver, então, a pressa de tomar fortes medidas para disciplinar os jovens deuses, mas estes conspiraram contra ele e privaram-no de seus poderes criativos. A Mãe Primeva procurou tirar vingança. O deus que liderara a revolta contra o Pai Primevo fez uma nova sugestão: deixar, ou melhor, fazer que seu jovem filho fosse convidado a reunir-se à assembléia dos deuses e lhe fosse concedida supremacia para que ele pudesse lutar sem ajuda com o "monstro" em que a mãe deles se tornara.

Garantida sua supremacia, o jovem deus - Marduk, de acordo com a versão babilônica - decidiu enfrentar o monstro, e, depois de uma renhida batalha, venceu-o e dividiu-o em duas partes. De uma parte ele criou o céu, e da outra, fez a terra.

Depois proclamou uma ordem fixa nos céus e associou a cada deus celestial uma posição permanente. Na terra, produziu montanhas, mares e rios, estabeleceu estações e vegetação, e criou o homem. A Babilônia e seu templo altaneiro foram construídos na terra como duplicação da residência celestial. Homens e deuses receberam nomeações, ordens e rituais para serem cumpridos. Os deuses proclamaram depois Marduk como a suprema deidade e concederam-lhe os "cinqüenta nomes", as prerrogativas e a categoria numérica do reino de Enlil.

À medida que mais barras e fragmentos eram encontrados e traduzidos, tornou-se evidente que o texto não era um simples trabalho literário; tratava-se, sim, da mais reverenciada epopéia histórico-religiosa da Babilônia, lida como parte dos rituais de ano-novo. Pretendendo propagar a supremacia de Marduk, a versão babilônica faz dele o herói do conto da criação. Isto, contudo, nem sempre se passou assim. Há provas suficientes para demonstrar que a versão da epopéia era uma poderosa falsificação político-­religiosa das versões sumérias anteriores, nas quais Anu, Enlil e Ninurta eram os heróis.

 




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